DA REDAÇÃO: Cotações dos grãos têm mais um dia de quedas no mercado internacional

Publicado em 02/07/2014 18:11 e atualizado em 02/07/2014 18:56
Soja: recuos continuam em Chicago após relatórios baixistas do USDA no início da semana. Novos patamares de preços serão testados nos próximos dias. Produtores precisam ficar atentos às oportunidades de negócios com mercado climático influenciando a safra norte-americana.

As cotações dos grãos na CBOT (Bolsa de Valores de Chicago) têm mais um dia negativo. Desde segunda-feira (30), com o anúncio do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - que revelou a ampliação das áreas de cultivo da soja e estoques maiores que os esperados pelo mercado – o produto vem apresentando quedas. As cotações para julho/14 caíram abaixo dos US$ 14 por buschel, ficando a US$ 13,92, nesta quarta-feira (2). O novembro/14 fechou a US$ 11,41 por buschel, perdendo 6,5 pontos. 

Segundo o analista Stefan Tomkiw, o mercado ainda se encontra na “ressaca” da divulgação do relatório do departamento norte-americano. “Esses dados mantêm uma expectativa baixista para o mercado americano”, disse Tomkiw. “O mercado também vem sentindo uma queda vendedora pelas perspectivas climáticas nos Estados Unidos, que estão demonstrando uma situação bem favorável para o desenvolvimento das lavouras por aqui”, completou.

Com as perspectivas do relatório divulgado na segunda-feira, o mercado vem apresentando preços mais baixos e mostrando que a realidade está um pouco diferente do que se era mostrado nos últimos dois meses. 

Sobre a pressão nos vencimentos curtos, especialmente no julho/14 que ainda está no período de entrega, é o reflexo da preocupação que o mercado vinha tendo com os estoques nos Estados Unidos. “Antes da divulgação do relatório, o mercado tinha um receio de que a disponibilidade de soja não teriam um volume confortável para atender até a demanda do ano safra. Mas a divulgação do relatório oficializou um nível de estoque maior do que o mercado imaginava”, analisou Tomkiw.

Além disso, acontecem nos Estados Unidos algumas discussões com a possibilidade de que o USDA tenha subestimado o tamanho da safra. “Essa pressão vendedora dos meses curtos é simplesmente pela retirada da sustentação por receio de falta de soja. Então, como estamos com essa disponibilidade melhor, o mercado perde essa sustentação naturalmente”, explicou.

Caso essa estimativa de mercado de que a safra foi subestimada se confirme, isso deve trazer um pouco mais de pressão. Essa expectativa do USDA superestimar ou subestimar a safra realmente ocorre, na opinião do analista. “A única coisa é que neste ano o tamanho desse ajuste é que está surpreendendo”, disse Tomkiw.

Já, no Brasil os prêmios que estão sendo pagos no porto de Paranaguá estão altos, indicando que as demandas continuam aquecidas. 

Por: Aleksander Horta // Fernando Pratti
Fonte: Notícias Agrícolas

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