DA REDAÇÃO: FMI indica redução no crescimento mundial esperado e café arábica cai mais de 500 pontos durante a sessão de hoje

Publicado em 07/07/2014 13:27 e atualizado em 07/07/2014 15:05
Café: Mercado em NY tem segunda-feira (7) de forte queda, porém, sem fundamentos que justifiquem o intenso recuo. Para analista, recuo poderia estar apoiado nas perspectivas de que o FMI reveja para baixo sua projeção para o crescimento econômico mundial. Para empresário, porém, mercado no Brasil pode voltar ao patamar dos R$ 400,00, mas a longo prazo.

Após a divulgação feita pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarte, sobre a possível redução no crescimento mundial diante do que era esperado, o mercado de café arábica recuou e chegou a perder mais de 500 pontos na sessão desta segunda-feira (07) na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US). As mínimas para o vencimento setembro chegaram a 166,10 centavos de dólar por libra-peso. 

Em entrevista cedida ao jornalista João Batista Olivi, o analista Fernando Odebrechet, confirmou que as quedas devem estar apoiadas nesse pronunciamento. “Não há nada específico no mercado que fundamente essas quedas em Nova Iorque, a única explicação seria essa sobre o menor crescimento mundial.”

Outra informação importante passada pelo analista são os estoques fartos e a facilidade para comprar café no Brasil. “Muitas traders previram que a quebra na safra brasileira seria grande e se abasteceram do produto antes que o valor fosse maior”.

Mesmo com o mercado externo em queda na última quinta-feira (04) e nesta segunda-feira seguir a tendência com mais força, o mercado físico não tem acompanhado essa tendência. Muitos produtores que podem segurar café, não estão realizando negociações com expectativa de alta. “Eu aconselho o produtor quitar todas as dívidas, se precisar vender café por necessidade, faça, mas se tiver condições de segurar, a tendência é que médio-longo prazo o mercado irá subir. Apesar, que eu não considero os valores trabalhados ruins, não são ótimos, mas se pensarmos que no início do ano chegou a 100,00 centavos de dólar por libra-peso, a faixa de 160 a 170 cents/libra-peso é boa.”

Dentro desse cenário, o analista também reforça que os preços estão caindo no mercado externo, mas os investidores têm ciência sobre o real problema na safra brasileira. 

Por: João Batista Olivi e <Talita Benegra>

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