DA REDAÇÃO: Novo relatório do USDA traz expectativa de safra recorde para a soja

Publicado em 11/07/2014 13:45 e atualizado em 11/07/2014 16:59
Soja: USDA divulga novo relatório e confirma estimativa de safra de mais de 100 milhões de toneladas nos EUA, além de elevados estoques finais, e derruba o mercado em Chicago. Números definem novos patamares de negociações e produtor deve estar atento agora, principalmente, ao aumento nos custos de produção no Brasil. Vencimento maio, referência para a safra brasileira, perde o patamar dos US$ 11.

Nesta sexta-feira (11) o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o boletim mensal de oferta e demanda, confirmando as boas condições e a expectativa de uma grande safra de soja.  Além dos números para a nova safra, os estoques finais da safra velha tiveram um crescimento de 300 mil toneladas em relação ao mês anterior, com 3,8 milhões de toneladas. 

A produtividade para a nova safra se manteve em relação ao último boletim, em 50,7 sacas por hectares. Já a expectativa da safra cresceu ainda mais e passou de 102,7 milhões de toneladas para 103,1 milhões de toneladas. No ano passado a colheita chegou a 89,5 milhões de toneladas. O analista da Agrinvest, Marcos Araújo, explica que com a confirmação de uma grande safra, os preços caem na bolsa de Chicago. O contrato de maio/15 já rompe o patamar dos US$ 11 por bushel. 

Para o analista, a situação ocorre, pois a oferta é crescente enquanto a situação de demanda não é tão promissora. Com a expectativa de aumento de área para o Brasil, a produção poderá chegar a 94 milhões de toneladas e Argentina a 58 milhões de toneladas. Com essa produção e um crescimento de demanda a 0,4% ao ano, os estoques mundiais finais deverão ficar em torno de 100 milhões de toneladas, conforme explica o analista. 

Com esses novos patamares de negociações, o câmbio será decisivo para a remuneração dos produtores. Com a economia americana apresentando dados de recuperação, o dólar irá valorizar e, consequentemente, melhorar a situação dos agricultores brasileiros. Com o real mais barato, os preços se tornam mais atrativos para as exportações. 

Por: João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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