DA REDAÇÃO: analista de mercado demonstra preocupação sobre volume da safra 2015 de café arábica

Publicado em 14/07/2014 13:26 e atualizado em 14/07/2014 15:23
Café: Projeção de embarques divulgados pela Cecafé trouxe forte queda para o mercado na última semana. Houve embarques de 34 milhões de sacas, registrando maior desempenho da história, devido às projeções de quebras da safra. Com a estiagem, muitos compradores se anteciparam para garantir estoques.

Em entrevista ao apresentador do Mercado & Cia João Batista Olivi, o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, expôs um pouco do que está acontecendo com o mercado de café nestes últimos dias. 

Após uma queda de quase 1.000 pontos na quinta-feira (10) e novas quedas na sexta-feira (11), o mercado esboça reação nesta segunda-feira (14). Carvalhaes acredita que o cenário baixista vivido pelo mercado de café se deve a dois fatores: “o primeiro é relacionado com o café e o outro não”.

Segundo o analista, a divulgação das exportações de café do Brasil, que chegaram a quase 34 milhões, foram a segunda maior da história. “Quando surgiu a notícia de que a seca seria grande no Brasil, os compradores se anteciparam e estão bem abastecidos”. Apesar disso, Carvalhaes destaca que as exportações em volume foram grandes, mas a receita foi cerca de 11% menor. 

Outro assunto que pode ter ajudado na derrubada dos preços do café na semana passada foi a queda de 19% nas ações do banco português Espírito Santo. “A crise desse banco derrubou todos os mercados agrícolas”. 

Como esse assunto já é passado, o apresentador questiona o analista sobre os estoques, já que a exportação foi grande. “Isso é a preocupação no momento. A exportação foi grande e a safra vai ter quebra. Até o momento a seca continua, isso ajuda na colheita, mas e a safra de 2015, como vai ficar?” questionou ele. 

Enquanto isso, os produtores tentam segurar as vendas esperando cotações melhores em um futuro próximo. Porém, Carvalhaes indica que “os produtores precisam pagar suas contas, uma hora vão ter que vender e talvez não seja a um preço considerado bom”. 

Por: João Batista Olivi e Talita Benegra
Fonte: Notícias Agrícolas

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