DA REDAÇÃO: Para cooperativa, produtores devem segurar vendas de grãos

Publicado em 22/07/2014 13:51 e atualizado em 22/07/2014 17:51
Grãos: Produtores do Paraná ainda possuem 40% da safra de soja para ser comercializada, mas aguardam melhores preços para realizar negócios, já que estão mais bem capitalizados. Situação é desfavorável para o milho, visto a grande oferta presente no mercado internacional e a expectativa da grande safra americana na próxima temporada.

Os preços para a soja e milho têm se mantido em patamares mais baixos, tanto no mercado interno, quanto no externo. O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, conta que com a grande oferta no mercado internacional, os valores praticados para a soja não devem ficar no patamar dos US$ 13 por bushel, conforme era esperado, mas sim nos US$ 11 por bushel.

No Paraná os produtores ainda possuem 40% da safra velha para ser comercializada, e com uma situação econômica mais confortável, aguardam o momento em que os preços se tornaram mais atrativos. O presidente atribui essa falta de negociação à ausência de vendedores, em que compradores do mercado interno e externo estão oferecendo preços mais atrativos à venda. Com isso, os produtores rurais devem ter maior poder de barganha para chegar a valores mais atrativos.

Já para a taxa de câmbio, Grolli acredita que deveria estar 10% acima do valor praticado na bolsa atualmente. Além disso, deverá terminar o ano no patamar dos R$2,36. Com as taxas nesses patamares, as exportações são prejudicadas por não ser atrativas para o mercado internacional.

Mesmo com os preços nestes níveis, produtores rurais deverão aumentar ainda mais a área de plantio da soja, dando preferência para o plantio de milho noa safra de inverno. Grolli explica que os produtores rurais têm tornado a segunda safra uma supersafra de milho, justificando a preferência pelo plantio de soja no verão. Os preços devem ficar abaixo dos patamares praticados em 2014 para a soja, mas deverá manter a liquidação aos produtores rurais.  

Já para o milho a situação não é confortável, já que os negócios estão sendo realizados a R$ 18,50 a saca, chegando a ser 20% menor que os preços de abril deste ano. Com a grande oferta no mercado interno após a colheita da safrinha, com a expectativa de um grande volume da safra americana e com as taxas de câmbios nestes patamares, o cenário é complicado para a cultura. Grolli acredita que os produtores devem aguardar negócios mais atrativos e não realizar vendas. 

Por: João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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