DA REDAÇÃO: Para analista, China deverá consumir a produção excedente de soja

Publicado em 24/07/2014 14:52 e atualizado em 24/07/2014 18:09
Soja: Não há grande oferta de produto físico no mercado mundial. Com as cotações passando por essa recente queda, produtores continuam segurando sua vendas, principalmente da nova safra. Mesmo com a expectativa de uma supersafra nos EUA, crescimento da demanda também é expressivo e pode elevar as cotações mais adiante.

Houveram muitas movimentações de ontem para hoje e volatilidade continua alta na bolsa de Chicago. Quase não há vendas, tanto no mercado interno, quanto no externo. O analista, Vlamir Brandalizze, explica que com as últimas altas quem acreditou na subida do mercado está amargando prejuízos de ontem para hoje.

Os estoques mundiais de soja estão apertados e a China permanece aproveitando as cotações mais baixas para ajustar os estoques, que poderão chegar a 20 milhões de toneladas. Brandalizze acredita que mesmo com a produção excedente da safra dos Estados Unidos e da América do Sul, a demanda é muito crescente e deverá ajustar as cotações mais adiante. O analista também coloca que o clima não é fator principal, visto que a demanda de soja e milho é mais elevada que a produção excedente.

Já no mercado interno, os produtores estão segurando vendas e estão utilizando a soja como ativo financeiro. Essa ação fez com que os prêmios valorizassem nos portos brasileiros e deverão valorizar ainda mais. Para o analista o produtor está ganhando com essa atitude, enquanto os compradores permanecem olhando para a Bolsa de Chicago quando a demanda interna permanece muito aquecida. No segundo semestre a demanda no mercado interno deverá crescer ainda mais, alavancada pela procura por farelo e óleos.

Já para o milho, a situação é complicada. Com as cotações mais baixas em Chicago e com o grande volume de oferta após as colheitas da 2ª safra, os produtores não estão conseguindo exportar. O analista coloca que para os negócios ficarem melhores para os produtores, a taxa de câmbio deveria estar entre R$ 2,40 e R$ 2,50 e não necessitaria de benefícios de equalização dos preços como o Pepro. 

Por: João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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