DA REDAÇÃO: Em Itambé (PR), 90% dos produtores já adquiriram os insumos e aumento nos custos pode chegar a 20%

Publicado em 08/08/2014 11:54 e atualizado em 08/08/2014 15:53
Safra 2014/15: Em Itambé (PR), custos de produção subiram cerca de 10% a 20% em relação à última safra. Em torno de 90% dos produtores já adquiriram os insumos e os investimentos serão feitos em variedades precoces de soja. Área cultivada deverá registrar incremento de mil hectares na localidade.

Na região de Itambé (PR), cerca de 90% dos produtores rurais já adquiriram os insumos para a próxima safra. E mesmo com as compras antecipadas, os agricultores já gastaram de 10% a 20% a mais para planejar a safra 2014/15 em comparação com o ciclo anterior, situação decorrente também da valorização do dólar.

De acordo com o produtor rural da cidade, Valdir Edemar Fries, alguns negócios já foram fechados antecipadamente, ao redor de R$ 60,00 a saca da oleaginosa. “Não é um preço que o agricultor esperava, mas já temos alguns negócios com entrega para março de 2015”, destaca o produtor.

Na próxima safra, os agricultores da localidade irão investir, principalmente no cultivo da soja de variedades precoces. E, até o momento, a expectativa é que haja o incremento de mil hectares na área cultivada com o grão, especialmente em áreas que anteriormente eram destinadas ao plantio de cana-de-açúcar.

Milho 

Em toda da região Noroeste do estado, cerca de 70% da área plantada com o cereal já foi colhida até o momento. Já a produtividade das lavouras, fica entre 100 até 150 sacas por hectare, devido ao ataque de pragas, que ocasionou perdas de até 5%, mas também das variedades escolhidas pelos produtores.

No entanto, a comercialização da safrinha permanece sendo a principal preocupação do agricultor. Em março, os produtores tiveram a oportunidade de fazer negócios antecipados a R$ 25,00 a saca do milho, atualmente, o valor é de R$ 18,00, cotação que não cobre os custos de produção. 

“Os produtores deixaram de fixar a produção, pois o mercado sinalizava alta para os preços e muitos acreditaram que os preços iriam subir. Além disso, no contrato a termo, o agricultor é obrigado a entregar o produto e devido à preocupação de uma eventual perda por geada acabaram deixando de fazer a contratação”, destaca Fries. 

Com isso, as negociações estão mais lentas, porém, os produtores têm comercializado pontualmente, já que precisam cumprir os seus compromissos. 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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