DA REDAÇÃO: Trigo – Governo anuncia fim da isenção da TEC

Publicado em 15/08/2014 13:14 e atualizado em 15/08/2014 18:43
Trigo: Mercado brasileiro está sob pressão com preços abaixo do mínimo. A isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) termina nesta (15) e pode trazer algum estímulo aos preços. A medida permitia a importação de até um milhão de toneladas de trigo de países de fora do Mercosul. A isenção foi criticada por produtores gaúchos que detém o grão da última safra em estoque e que vinham sofrendo com a concorrência do produto importado.

Termina nesta sexta-feira (15) a isenção do governo federal da Tarifa Externa Comum (TEC) do trigo. A medida permitia a importação de até um milhão de toneladas de trigo de países de fora do Mercosul.

Em entrevista para o programa Mercado & Cia, apresentado por João Batista Olivi, o presidente da Comissão do Trigo da Farsul – Federação da Agrícultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, Hamilton Jardim, se mostrou favorável ao fim da medida. “Lutamos pra que a isenção não tivesse acontecido. Essa janela de importações permitia até um milhão de toneladas e terminaria no dia 15 de agosto”, afirma.

A medida também foi criticada por produtores gaúchos que detém o grão da última safra em estoque e sofreriam com a concorrência do produto importado. Por outro lado, as indústrias moageiras de trigo ficaram em situação cômoda, pois se abasteceram com a isenção.

No ano passado a TEC perdurou até novembro e permitiu a importação de três milhões e 300 mil toneladas de trigo – praticamente toda a safra do Rio Grande do Sul. As importações desse ano resultaram em mais 860 mil toneladas.

Segundo o presidente da comissão de trigo da Farsul, além do produto que entrou de fora do Mercosul com isenção da TEC e dos estoques remanescentes da ultima safra, a produção recorde de trigo deve-se se confirmar acima de sete milhões de toneladas. “Nos próximos dias, o Paraná entra com a safra, o Rio Grande do Sul em virtude do atraso do plantio começa a colher trigo em outubro. E se tudo acontecer como está teremos a super safra”, diz Jardim.

No entanto, Jardim pondera que com a entrada de uma safra nova com o estoque de safra velha o preço deprecia. “Alguns produtores estão recebendo menos de R$ 30 por saca de 60 kg quando o preço é de R$ 33,45. O custo de produção é alto e isso representa um desestímulo para a continuidade dos tratos culturais e projeção de plantio das próximas safras”.

Por: João Batista Olivi // Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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