DA REDAÇÃO: Feijão - Preços baixos travam a comercialização do grão na região de São João (PR)

Publicado em 18/08/2014 10:45 e atualizado em 18/08/2014 14:49
Feijão: Em São João (PR), preços da saca recuaram e giram em torno de R$ 15,00 a R$ 20,00. Comercialização está travada e frente à queda na qualidade do feijão devido às chuvas, compradores adquirem o produto em outros estados. Operações de AGF foram insuficientes para a região.

Na região de São João (PR), os produtores enfrentam dificuldades com a comercialização do feijão. As chuvas durante o desenvolvimento da cultura prejudicaram a qualidade do grão e a produção da localidade totalizou 184 mil sacas do grão, uma vez que os produtores investiram mais no plantio da cultura. Com isso, os preços da saca do feijão recuaram expressivamente e giram em torno de R$ 15,00 a R$ 20,00.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Arceny Bocalon, os agricultores estavam aguardando os recursos para a realização de AGF. Ao todo, foram destinados para a região cerca de R$ 2,5 milhões para a operação, que não foram suficientes para a produção da localidade e em torno de 30 a 50 mil sacas do grão ainda precisam ser negociadas. “E faz 60 dias e a Conab ainda não liberou o dinheiro aos produtores. A companhia também sinalizou que iria liberar mais dinheiro, mas até agora nada foi feito”, destaca o presidente.

Com isso, muitos produtores estão jogando o feijão nas lavouras novamente e utilizando para fazer adubo, conforme destaca Bocalon. E, diante da falta de qualidade do produto, os compradores vão adquirir o grão em outros estados, como é o caso de GO e MG. A situação tem contribuído para o travamento das negociações, porém, em maio, os produtores conseguiram negociar a saca entre R$ 60,00 até R$ 70,00. “Frente a essa situação, estamos orientando que os agricultores façam uma notificação para a Conab para que ela adquira o feijão”, orienta o presidente.

Trigo

Na última sexta-feira (15), as lavouras da região leste do município foram atingidas por uma forte geada, mas até o momento, não dá para avaliar as perdas. “Teremos que aguardar uns 7 dias para avaliar a situação”, destaca Bocalon.

E assim como na cultura do feijão, a comercialização do trigo também segue como a preocupação dos agricultores. Apesar do restabelecimento da TEC, para a importação de trigo de países fora do Mercosul, os produtores ainda esperam que os preços se mantenham próximos do mínimo, cerca de R$ 30,00 a R$ 32,00 pela saca. 

“Esperamos que a notícia impacte nos preços, mas não acreditamos que isso reflita no curto prazo. Os moinhos adquiriram o máximo que puderam, e segundo dados do Deral, o custo de produção gira em torno de R$ 38,00 a saca”, completa o presidente.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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