DA REDAÇÃO: Com queda no preço da soja na CBOT, comercialização antecipada está lenta em Primavera do Leste (MT)

Publicado em 20/08/2014 10:44 e atualizado em 20/08/2014 15:55
Safra 2014/15: Em Primavera do Leste (MT), comercialização antecipada da soja está lenta devido aos preços mais baixos no mercado internacional. Agricultores já adquiriram os pacotes e gastaram mais para planejar próxima safra. No milho, colheita da safrinha foi positiva, mas preços de R$ 13,00 a R$ 14,00 não remuneram o produtor.

Na região de Primavera do Leste (MT), os produtores rurais já adquiriram os pacotes para a próxima safra e também sentiram o aumento nos custos de produção. Na soja, os custos podem ultrapassar 40 sacas do grão por hectare. O plantio da nova safra deve ter início após o período do vazio sanitário, em outubro. 

Diante desse cenário e dos preços mais baixos registrados no mercado internacional, a comercialização antecipada da oleaginosa permanece mais lenta, conforme destaca o presidente do Sindicato Rural do município, José Nardes. “Esse ano com essa safra cheia nos EUA, não tivemos oportunidades de fechar os negócios. E estamos preocupados, pois não sabemos o que irá acontecer, se o mercado irá melhorar se teremos uma margem ao produtor ou até prejuízos”, salienta.

Já a área cultivada na cidade deverá ser a mesma da safra anterior, ao redor de 300 mil hectares com o grão. 

Milho safrinha

Na localidade, os produtores já finalizaram a colheita da segunda safra e obtiveram resultados positivos, em algumas regiões, a produtividade chegou a 120 sacas por hectare. Entretanto, a queda no preço do cereal tem preocupado os agricultores, alguns até conseguiram fechar contratos a R$ 19,00 a saca, mas, atualmente, os valores giram em torno de R$ 13,00 a R$ 14,00. 

“Nesse momento, o agricultor deve ter paciência para negociar o produto nos meses de novembro e dezembro, quando boa parte da safra do Norte do estado já terá sido escoada com a ajuda dos leilões. Já que, os atuais patamares não remuneram os agricultores”, ressalta Nardes.

Em relação à sinalização do Governo Federal em aumentar o preço mínimo do cereal praticado no estado, de R$ 13,52 a saca para R$ 14,50 até R$ 14,60, o presidente destaca que o preço mínimo nunca ajudou o produtor. “Muitas vezes temos que correr o risco e deveremos continuar plantando o milho. O cultivo do grão é bom, pois deixa matéria orgânica no solo e temos que agregar valor ao nosso produto”, completa. Caso seja aprovada, a medida entrará em vigor em janeiro de 2015.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado