DA REDAÇÃO: Com notícias de chuvas nos EUA e China, preços da soja ficam pressionados

Publicado em 26/08/2014 14:28 e atualizado em 26/08/2014 17:28
Grãos: Expectativa de um mês de agosto com cotações positivas, por ser o último com demanda para safra velha, não se confirma com um movimento especulativo que traz pressão para no curto prazo. Parte deste movimento se deve a chuvas que atingem Estados Unidos e China. Por outro lado, os prêmios nos portos brasileiros e americanos estão bastante positivos, em torno de U$ 2,50 sobre o valor praticado em Chicago.

Diversos analistas esperavam cotações positivas para o mês de agosto, por ser considerado o último momento para a comercialização da safra velha. Porém, alguns movimentos especulativos tem resultado em quedas, segundo relata Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais. O que tem trazido pressão nos preços são as notícias referentes a chuvas em alguns bolsões no norte do estado de Iowa e em Minnesota, além da China.

Por outro lado, os prêmios nos portos americanos estão bastante positivos, com variação de U$ 3 a U$ 4 por bushel acima das cotações de Chicago. No Brasil, a situação é bastante parecida, com prêmios de U$ 2,50 dólares por bushel. Parte desta valorização nos prêmios se deve a escassez da oferta, com menos de 3,5 milhões de toneladas nos Estados Unidos e cerca de 15% de safra velha para ser comercializada no Brasil. Apesar de pouco, é uma situação razoável para os estoques brasileiros, quando comparado com os últimos anos.

Já a situação das lavouras americanas é a melhor dos últimos 20 anos, em que está com 70% das lavouras em condições boas ou excelentes para a soja e 73% para o milho. Neste mesmo período do ano passado, essas condições estavam em torno dos 58%. Segundo Motter, a produtividade tem tudo para ser recorde para ambos os grãos, além de ter recorde de produção para a soja.

Para Motter, deverá ter um pequeno aumento da demanda e exportações norte-americanas estão subestimadas, ou seja, deverão ter mais volume. “Deve haver um pouco mais consumo, mas trabalhamos com um produto de demanda inelástica, portanto, mesmo com preços mais frouxos a demanda não eleva tanto, e com preços mais altos também não cai muito. A demanda é mais ou menos dada”, explica Motter.

Além disso, Camilo explica que o primeiro momento da chegada da nova safra americana é de reposição dos estoques e depois passa a ser a safra sul-americana. O câmbio também é uma questão que pode influenciar o mercado, que no momento está pressionado por questões relacionadas a economia.  

Por: Sérgio Braga // Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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