DA REDAÇÃO: Para analista, bolsa de Chicago ainda tem fôlego para mais quedas

Publicado em 09/09/2014 14:00 e atualizado em 09/09/2014 17:42
Soja: Cotações na bolsa de Chicago podem recuar ainda mais, com as perspectivas para a próxima safra dos EUA. Muitos produtores americanos também optaram por não vender agora, como no Brasil, pois os valores não cobrem os custos de produção, e deixam para comercializar no próximo ano. Relação deverá ser equilibrada pela demanda.

A expectativa do início das colheitas da safra americana de grãos nas próximas semanas dá fôlego para um cenário de cotações pressionadas na bolsa de Chicago. O analista de mercado, Vlamir Brandalizze, conta que o mercado ainda possui expectativas de mais baixas para as próximas semanas, tanto para a soja quanto para o milho. 

Por outro lado, o analista explica que nos Estados Unidos os produtores também não estão realizando vendas, assim como no Brasil, com estes valores sendo praticados. Muitos optaram por armazenar estes grãos, para realizarem a comercialização no ano que vem, já que  agora ficarão no prejuízo por não cobrir os custos de produção. Uma boa notícia para os produtores brasileiros, pois dará suporte para a safra brasileira de grãos. 

Segundo Brandalizze, o mercado tende a ficar pressionado por pelo menos 50 dias, quando as colheitas americanas forem finalizadas. O analista acredita que até dezembro a bolsa de Chicago já terá se ajustado ao mercado real, pois está em uma situação distante da comercialização. Nos atuais patamares, os produtores americanos chegam a ter prejuízos de U$ 200 por hectare, que significa que vão segurar as vendas até que os preços voltem a subir. 

A demanda tem se mostrado crescente, em que os países asiáticos têm mantido o ritmo de compras. Com as cotações mais baixas, os custos de produção da proteína animal - leite, ovos, frango e suínos - também sofrem este impacto e impulsiona ainda mais o consumo destes produtos. Brandalizze explica que mesmo com os estoques abastecidos, a demanda tenderá a equilibrar o mercado. 

Biodiesel – Com o possível crescimento do acréscimo de biodiesel ao diesel, de 5% para 7%, a demanda interna por soja também crescerá. Segundo o analista, a soja é grão mais barato para o processo de fabricação de biodiesel, por isso, o país terá um incremento no esmagamento de até 8 milhões de toneladas. Podendo, inclusive, diminuir as exportações para abastecer a demanda interna.

Na Argentina também poderá haver este aumento, de 5% para 10%. O que significa que o país também terá uma demanda maior no mercado interno e também deve diminuir o ritmo de exportações. 

Por: João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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