DA REDAÇÃO: Café – Procafé estima perda de 20% na safra de 2015

Publicado em 10/09/2014 13:49 e atualizado em 10/09/2014 15:01
Café: Déficit hídrico, que na região de Boa Esperança/MG é de 226 mm, causará danos para a safra 2015. Com as temperaturas mais altas e com a falta de chuvas durante todo o ano, a florada que deveria acontecer agora estará prejudicada.

A Fundação Procafé divulgou nesta quarta-feira (10), dados sobre o déficit hídrico na região Sul do Estado de Minas Gerais. Segundo o levantamento a região está próxima da maior seca da história. O município de Varginha-MG tem déficit hídrico de 181,9 mm, Carmo de Minas 167,9 mm e Boa Esperança registrou déficit de 226,4 mm. Com a realidade climática, a Prócafé estima que a safra de 2015 tenha quebra de 20%.

De acordo com o pesquisador da Fundação Procafé, Alysson Fagundes, a região vive uma situação atípica sem chuvas. “Se não tivermos chuvas de 50 mm no mês de setembro, tenho certeza que veremos a pior safra da cafeicultura”, disse o pesquisador.

Segundo Fagundes, mesmo que a região Sul de Minas receba chuvas nos próximos dias, os danos causados pela seca já refletem consideravelmente na próxima safra.

“As perdas até hoje não voltam, as chuvas só devem minimizar a situação. Até o presente momento temos 226 mm de déficit hídrico em Boa Esperança. Em 2007, quando tivemos uma péssima florada que refletiu drasticamente na safra de 2008, nós tivemos no Sul de Minas na Estação Meteorológica de Boa Esperança 250 mm de déficit, ou seja, nós estamos muito próximos disso”, ressaltou o pesquisador.

Com esses dados, Fagundes estima que as lavouras de café que teriam produção estimada em 30 a 40 sacas por hectare este ano, devem ter queda de produção porque estão esqueletadas.

Segundo o pesquisador, as plantas da safra 2015 já deveriam estar com florada, mas ainda estão com folhas. “As lavouras esqueletadas que são as lavouras que dariam altas safras para 2015 deveriam estar com 29 nós de crescimento vegetativo. Dependendo da região, estão com 12 nós de crescimento, esse é um reflexo severo de redução na produtividade”, afirmou o pesquisador em entrevista ao programa Mercado & Cia, apresentado por João Batista Olivi.

Por: João Batista Olivi // Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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