DA REDAÇÃO: Café – Bolsa de NY tem ligeira alta com levantamento da Conab
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (16), o terceiro levantamento da safra 2014, que foi colhida e está sendo comercializada. O Brasil deve produzir este ano 45,1 milhões de sacas de 60 kg beneficiado (arábica e conilon). O resultado representa uma redução de 8,16% ou 4.010 sacas a menos que as 49,15 milhões produzidas na última safra. A variação ocorreu no café arábica, com uma queda de 16,1%. A estimativa de produção do arábica é de 32,1 milhões de sacas de 60 kg e a de conilon 13 milhões de sacas.
De acordo com o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a estimativa para a safra 2014 refletiu a realidade do mercado. “Para o café arábica, o mercado vem trabalhando com números entre 31 e 33 milhões e são raros os analistas que falam alguma coisa acima disso, a quebra realmente foi severa. Então esse número não foi uma surpresa”, afirmou.
Com relação às dúvidas dos cafeicultores, o analista afirma que o levantamento é feito com base em médias e sério. “Recomendo aos cafeicultores que entrem no site da Conab e vejam esse trabalho e como ela chegou nesses números”.
Segundo Carvalhaes, a safra de conilon prevista pela Conab também é fidedigna ao mercado e pode ser um pouco maior visto que as lavouras dessa variedade não foram atingidas pela mesma seca que afetou o arábica. As regiões produtoras de conilon também embarcaram um bom volume.
A divulgação da Conab movimentou a Bolsa de Nova York, que após dias seguidos de baixa apresenta ligeira alta. “Na mesma hora que o mercado começou a subir hoje com os números da Conab, os interessados em baixa começaram a martelar previsão de chuva no final da semana, que deve acontecer mesmo. E é bom chover, do contrário vamos ter safra zero”, afirmou Carvalhaes em entrevista ao programa Mercado & Cia, apresentado por João Batista Olivi.
Segundo o analista, com a realidade do mercado o produtor deve levar em conta os números de sua safra com base na região e programar as vendas em dias seguidos de alta e não de uma vez no final ou início de ano. “Agora se a safra para o ano que vem for muito ruim ele vai ter que controlar ainda mais porque essa safra terá que valer por dois anos”, ponderou.