DA REDAÇÃO: Em Santa Rosa Del Monday (PY), plantio da soja alcança 50%, mas preços baixos preocupam os produtores

Publicado em 23/09/2014 10:38 e atualizado em 23/09/2014 15:00
Safra 2014/15: Em Santa Rosa Del Monday, Paraguai, área cultivada com soja alcança 50%. Chuvas favorecem os trabalhos nos campos. Preços mais baixos preocupam os produtores e tonelada do grão é negociada entre US$ 280 até US$ 300, valores que deixam margem ajustada. No caso do milho, com cotação abaixo de US$ 100 a tonelada, comercialização é lenta e boa parte do produto ainda está armazenado.

Com o clima favorável, o plantio da soja já atinge 50% da área estimada para a região de Santa Rosa Del Monday, no Paraguai. Para esta safra, a perspectiva é que área semeada com a oleaginosa fique em linha com a média de anos anteriores, pouco acima de 3 milhões de hectares cultivados em todo o país. 

E, assim como no Brasil, a comercialização do grão também preocupa os produtores rurais. Até o momento, apenas os prêmios foram fixados, conforme destaca o produtor rural do município, Márcio Giordani Mattei. “Hoje, o mercado está muito parado, pois temos preços ao redor de US$ 280 até US$ 300 a tonelada da soja, ambos os valores abaixo do esperado pelos agricultores”, destaca.

Com isso, em mais uma safra, o produtor irá depender da produtividade para garantir o seu lucro. Além disso, o cenário já tem interferido na decisão do agricultor. Para a safrinha, feita em janeiro, o produtor ainda não decidiu o que irá cultivar.

“Há uma indecisão por parte do produtor e a perspectiva é que somente em janeiro a decisão será tomada. Irá depender da situação do mercado, podemos cultivar a soja safrinha ou o milho, mas se os preços não melhorarem, os agricultores podem investir na aveia”, destaca Mattei.

Milho

No caso do cereal também houve melhora no cenário. As cotações recuaram e estão abaixo de US$ 100 por tonelada, valor que não cobre os custos de produção. “Aqui a situação não é diferente do Brasil, temos muito milho estocado e ou vende agora e amarga prejuízo ou segura e negocia em janeiro, já que os agricultores acreditam em uma reação nos preços. E vender nesses níveis é prejuízo na certa”, sinaliza o produtor.

Por outro lado, a quantidade inadequada de armazéns preocupa, uma vez que os agricultores terão que negociar o cereal para armazenar a soja.

Trigo

A colheita do trigo atinge entre 40% a 50% da área cultivada nesta safra. “O tempo colaborou com a produção, mas, assim como nas outras commodities, os preços baixos também preocupam. Na região, a tonelada do trigo é negociada a US$ 200 e não cobre os custos de produção”,  finaliza Mattei.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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