DA REDAÇÃO: Soja – Produtores interrompem o plantio em Fátima do Sul (MS) devido à ausência de chuvas

Publicado em 13/10/2014 11:47 e atualizado em 13/10/2014 16:09
Safra 2014/15: Em Fátima do Sul (MS), cerca de 5% da área de soja já foi plantada, mas com falta de chuvas produtores paralisam o cultivo do grão. No mesmo período do ano passado, cerca de 50% da área já havia sido semeada. Com preços abaixo de R$ 50,00 a saca, comercialização antecipada está travada na região. No milho, preços giram em torno de R$ 15,50 a R$ 16,00 e agricultores aguardam melhores momentos para realizar a negociação.

Assim como em outras regiões do país, os produtores rurais de Fátima do Sul (MS) paralisaram o plantio da soja devido à falta de chuvas. Até o momento, cerca de 5% da área já foi cultivada, um atraso expressivo, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando em torno de 50% da área já havia sido semeada. 

E, por enquanto, as previsões climáticas apontam que as chuvas só deverão retornar à região a partir do dia 20 de outubro. Além do atraso na semeadura do grão, a área que foi cultivada também poderá ser replantada caso as chuvas não apareçam nos próximos dias.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Roberto Alves Vasconcelos, a comercialização antecipada da soja também preocupa os produtores. Isso porque, as empresas oferecem o valor abaixo de R$ 50,00 e os negócios seguem travados. “Com isso, o produtor irá depender da produtividade, teremos que fazer tudo certo”, destaca o presidente.

Milho safrinha

A situação também poderá afetar o plantio do milho safrinha nos próximo ano. O que aumenta o desânimo por parte do produtor, que está apreensivo com o atual cenário do cereal. Na localidade, os preços giram em torno de R$ 15,50 e R$ 16,00 e com a produtividade de 80 sacas por hectare, a margem aos agricultores fica ajustado, conforme sinaliza Vasconcelos.

Consequentemente, há muito milho estocado na região. “A orientação é que os produtores estejam cautelosos e façam um plantio bem feito nesta safra. E precisamos ter esperança que esse cenário mude um pouco”, finaliza o presidente. 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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