Comercialização da soja no Paraguai está travada com preços US$ 100 mais baixos em relação ao ano passado

Publicado em 25/02/2015 09:46
Paraguai: Preços da soja estão US$ 100 por toneladas mais baixos nesta temporada em relação à safra passada e comercialização no país está travada. Safra paraguaia deve registrar perdas de 15 a 20% e chegar a 8 milhões de toneladas, contra as previsões iniciais de 9 milhões.

A safra de soja do Paraguai que tinha uma expectativa de 9 milhões de toneladas  neste ano, não deve alcançar essa projeção por causa da seca e incidência de pragas. Segundo Bruno Vefago, diretor comercial do Contripar, após o plantio algumas regiões ficaram cerca de 20 dias sem chuva e com calor excessivo. Além disso, após a cultura plantada as chuvas começaram a ser regulares, enquanto em algumas regiões houve muita umidade causando proliferação da ferrugem asiática. “Faltou orientação ao produtor para fazer um controle preventivo e evitar o ataque da doença”, concluiu.

O Paraguai é um país muito dependente da soja, cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) vem da agricultura, e a perspectiva é que nesse ano deixe de injetar por volta de U$ 800 milhões de dólares na economia. “O mercado paraguaio está bem travado e o produtor está aguardando porque sabe que a demanda é grande e os preços podem subir”, explica Vefago.

Os preços no Paraguai caíram em média U$ 100,00 por tonelada e hoje é comercializado a U$ 310,00, podendo prejudicar o rendimento do produtor em 50%. Além do mais, o país não trabalha com financiamento a longo prazo para maquinas agrícolas – como acontece no Brasil – então o produtor precisa pagar seus equipamentos durante a safra, alterando ainda mais sua renda. E os custos de produção variando a U$1.100,00 o alqueire.

Ainda, o diretor comercial do Contripar, afirma que em dados extra-oficiais o Paraguai esta em 4º no ranking de maiores produtores de farelo de soja no mundo. E a logística para o escoamento desses produtos é feito através de barcaças, que descem o Rio Paraguai chegando a Buenos Aires e Montevidéu. 

 

Por: Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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