Greve dos caminhoneiros: Com liminar da justiça, manifestantes liberam estradas federais no RS, mas vão para as rodovias estaduais

Publicado em 25/02/2015 10:45
Greve dos caminhoneiros: Com liminar da justiça, manifestantes liberam estradas federais no RS, mas vão para as rodovias estaduais. Multa é de R$ 10 mil por veículo que estiver bloqueando as estradas. Já falta ração nas granjas e a cadeia produtiva do leite também é afetada. Produtores não conseguem transportar os grão e, por enquanto, não sinalização de solução ao impasse.

A greve dos caminhoneiros permanece nesta quarta-feira (25) e aumenta as preocupações e prejuízos aos produtores rurais. No Rio Grande do Sul, com a liminar da justiça, os manifestantes estão liberando as rodovias federais e indo para as estaduais. A multa para o veículo que permanecer bloqueando as estradas é de R$ 10 mil.

Segundo o produtor rural de Passo Fundo (RS) e presidente da Associação dos Cerealistas, Dilermando Rostirolla, já falta ração nas granjas e, o cenário também afeta a cadeia produtiva do leite. “Nesse momento, os cerealistas não conseguem escoar os grãos e no leite, que os caminhões não conseguem recolher o produto. Quem mais sofre são os pequenos produtores”, destaca.

Além disso, a situação já refletiu nas exportações do estado, uma vez que os caminhões não conseguem chegar ao Porto de Rio Grande. “Temos navios chegando ao porto e a preocupação é em relação aos custos com os navios parados. Temos essa estadia, se não tivermos uma liberação, o prejuízo será muito grande para todos. O Governo tem que ser sensível e procurar uma alternativa que possa atender todos os lados”, diz Rostirolla.

Em relação ao óleo diesel, o produtor sinaliza que, na localidade ainda não falta produto, porém, essa já é uma preocupação dos municípios vizinhos, onde a distribuição é feita através das carretas. Paralelamente, a paralisação gera uma preocupação nos produtores, já que a colheita do milho está sendo feita no estado e mais adiante, começam os trabalhos com a colheita da soja. 

“Estamos vivendo um momento de caos, os produtores estão apreensivos. Temos contas para pagar”, finaliza o agricultor.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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