Café: Com alta do dólar e chuvas no Brasil, preços sentem pressão em NY e perdem o patamar de US$ 1,50/lb

Publicado em 27/02/2015 09:12
Café: Preços têm semana de forte pressão e perda de 2 mil pontos em NY, perdendo o patamar de US$ 1,50/libra-peso. Chuvas no Brasil e alta do dólar têm sido os dois principais fatores de pressão sobre as cotações. No mercado interno, negócios estão parados e cafeicultores evitam voltar às vendas.

O mercado do café tem semana em campo negativo, perdendo patamar importante de R$ 1,60/sc. – queda de 2.000 pontos em duas semanas. 

Para o analista de mercado, João Santaella, os fatores que influenciaram nesta queda significativa são as chuvas no país – desenvolvendo umidade no solo –, a valorização do dólar, estimativas altas de exportadores - em torno de 47,28 milhões de saco para essa safra - e a Colômbia aumentando em 8% sua produção.

“E nos fatores de alta, o mercado com essa queda, nos falamos que os indicadores técnicos no gráfico sob vendido, por isso está dando esse repique em Nova York. E outros fatores como as incertezas na produção do ano de 2015 – por conta do déficit hídrico”, explica Santaella.

De acordo com o analista, caso se confirme uma quebra na safra, em torno de 43 milhões de saco, o mercado terá força para retomar patamares importantes nos preços – de R$ 1,50 a R$ 1,60 - pelo menos do curto prazo. “Primeiro ele tem que sair dessa região de R$ 1,40 que em janeiro do ano passado começou a fazer um movimento de repique de preços. Eu acredito em melhoras nos próximos dias, que é o que chamamos de movimento sob vendido”, conclui.

No mercado interno, o café de qualidade melhor está caminhando junto com o câmbio, e o produtor segura o produto na espera de melhores preços. Para Santaella, o produtor só deve voltar à comercialização quando o café mais fraco – de bica – alcançar os R$ 500,00 retomando pelo menos 2 mil pontos, ou quando lá fora o preços ficarem acima dos U$ 1,80 U$ 2,00.

 

Por: Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado