Dólar em alta no mercado internacional ajuda a pressionar cotações em NY. Mas preços no mercado físico recuam menos, com vendedor fora dos negócios

Publicado em 05/03/2015 18:33
Dólar em alta no mercado internacional ajuda a pressionar cotações em NY. Mas preços no mercado físico recuam menos, com vendedor fora dos negócios

Os preços voltam a cair em Nova York, nesta quita-feira (05), pressionado pelo dólar, após ontem sofrer altas significativas na casa dos 700 pontos. Os principais vencimentos fecharam entre 131 cents/lb e 135,05 cents/lb, uma desvalorização de 250 pontos.

"Embora na maior parte do pregão ele trabalhou com pequenas oscilações dando sinal que poderia consolidar o movimento de ontem, mas foi o mercado de câmbio. Vimos o dólar ultrapassando a casa dos U$ 3, fazendo a pressão e impedindo a recuperação dos preços", afirma Airton Neves, analista da Sancafé.

Além da valorização do dólar, é preciso levar em consideração a mudança de postura dos fundos de NY."Que vinham carregando uma posição muito grande comprada, baseada na relação de oferta e demanda, mas existe dúvidas com relação a esse déficit - produção e consumo - uns falam em 1,5 milhões e tem números que passam de 5 milhões de déficit. Isso faz com que os fundos começassem a sair, liquidando posições", explica Neves.

 

Mercado interno

O setor produtivo não assume postura vendedora, esperando uma valorização nos preços. Hoje a saca cotada na média de R$ 450,00 a saca de 60 kg."Nós estamos antes do carnaval na casa do 500,00 reais e voltamos para os 450,00, mas com um detalhe, a 500,00 saia um volume razoável de negocio - nada expressivo - e agora quase zero", declara o analista.

Outro fator que estabiliza as negociações no momento é o baixo estoque, a qual os produtores sabem que os compradores precisaram voltar para o mercado a fim de negociar o volume necessário de grão.

Para ele, o cafeicultor está ciente que há suporte e condições para elevação dos preços. No entanto, eles precisam analisar que o mercado vem sinalizando que quando os preços atingem a casa dos 500,00 ele se torna um ponto de venda, e não dá para esperar altas muito significativas.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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