ENIPEC 2010: Presidente da Acrimat presta conta de seu mandato e pede união no setor produtivo brasileiro

Publicado em 06/05/2010 14:32 e atualizado em 06/05/2010 17:26

 

O presidente da Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Mário Cândia completa o final do seu mandato na presidência da instituição em outubro próximo e apresenta na sexta edição da Enipec sua prestação de contas a todos os pecuaristas associados da Acrimat, com o pedido de incumbência para que o próximo presidente continue pregando a união nesse setor produtivo.

Segundo ele, entre o período de 1996 a 2008, as pastagens evoluíram apenas 18% contra o crescimento de 75% do rebanho mato-grossense. “Houve que o crescimento no rebanho não foi pela área que nós aumentamos, e sim pela tecnologia, pela melhoria e pelas técnicas que foram usadas na pecuária do Mato Grosso que eu considero hoje uma das mais avançadas do Brasil”, explica.

Assim como o Estado cresceu também para o setor em 268% no número de abates, 768% em exportações e o objetivo agora é cobrar do novo Governo Federal abertura de novos mercados para a carne bovina brasileira, remunerando então o pecuarista desenvolver sua propriedade.

Hoje o Mato Grosso preserva cerca de 64% de área florestal, onde deixaram de crescer 6,62 milhões de hectares para novas áreas de pastagem. “Isso é uma resposta para todos aqueles ecologistas e ambientalistas que dizem que nós só estamos derrubando para aumentar a produção. Estamos aumentando a produção dentro do que nós já temos”.

Dentre todos os empates vividos no estado, os relacionados à questão ambiental são os que mais dão dor de cabeça aos produtores. Quanto instituição, a Acrimat vêm investindo em parcerias para orientar e conscientizar o pecuarista a seguir na sua cultura de acordo com o que manda a lei. Exemplos claros são: cadastramento no Cadastro Ambiental Rural (CAR) de acordo com o programa “MT Legal”; programas de boas práticas agropecuárias junto a Embrapa Gado de Corte incentivando a integração pecuária-lavoura (rotação de cultura para preservação das pastagens); acompanhamento da expansão da pecuária e da emissão de gases de efeito estufa; incentivo à pecuária orgânica no pantanal mato-grossense.

Cândia acredita que o Governo precise subsidiar materiais que ajudem o pecuarista a melhorar suas pastagens e se adequar às leis ambientais. “Para ter a condição que a terra tinha há 20 anos atrás, ou o Governo faz isso ou vamos assistir o que estamos assistindo hoje. Quando você vai na região do norte, o que você mais encontra é fazenda vazia para ser arrendada”.

Fonte: Redação NA

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