ENTREVISTA: Confira a entrevista com * - Piauí: Nova fronteira agrícola do país

Publicado em 06/07/2010 13:57 e atualizado em 06/07/2010 16:00

Terra que faz crescer os números da sua produção de grãos e tem o potencial logístico para avançar nas exportações de dar inveja a qualquer outro Estado brasileiro, essa nova fronteira agrícola também é alvo das barreiras ambientais que podem atrasar ainda mais o crescimento, caso a aprovação do novo Código Florestal proíba a ampliação de áreas no cerrado. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Atualmente, toda a região Sul do Piauí produz em média um volume de 1,2 milhões de toneladas de grãos, sendo que só nesta safra de milho que está sendo colhida, existe uma média produtiva de 130 sacas por hectare. Mesmo a soja que não colheu bem, atingiu uma média produtiva de 42 sacas por hectare, contra registros passados de até 67 sacas por hectares.

 

Essencialmente consumida pelo Nordeste, cerca de 40% da produção é destinada à exportação que tem seus caminhos livres até os portos do norte do país. Até o Porto de Itaqui (MA), são <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />850 quilômetros da área de produção, até o Porto de Suape (BA), 1200 quilômetros. O Governo piauiense ainda investe no Porto de Luis Correia e já existe uma estrutura sendo preparada com destino ao Porto de Pecém (CE) com prazo para término em 2016.

 

No entanto, as barreiras ambientais põem em xeque todo o potencial agrícola de Bom Jesus, mesmo que haja esperança dos produtores hoje apreensivos, recorrerem às decisões federais.

 

O prefeito da cidade, Alcino Piauilino, acredita que não seja possível deixar uma região de fronteira agrícola engessada por cinco anos e confirma quererem um desenvolvimento sustentável ambientalmente correto, no entanto, “o excesso de cuidados com o meio ambiente não pode barrar o desenvolvimento tão necessário da nossa região”, diz.

 

As lideranças do agronegócio da região discutem o assunto enquanto ainda o projeto é votado na Câmara, em Brasília. “Nós temos potencial de 4 milhões (de hectares para plantar grãos) então, vamos ficar 5 anos parados vendo as ONGs irresponsáveis ditando regras para um estado que precisa se desenvolver (...) Desmatamento zero em alguns lugares eu concordo, mas em fronteira agrícola é impensável, diria que é irresponsável”.

 

Para o produtor rural Idemar Cover, o grigo, um dos percussores da atividade agrícola no Estado, o Piauí não pode ficar com o ônus e pagar por prejuízos de outros lugares. Assim, como também discutido na Câmara hoje, “cada estado tem que ter a sua política, seu tratamento, suas diferenças”, afirma.

 

Após aprovado o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) hoje na Câmara em Brasília, a esperança é que ajustes para beneficiar o trabalho piauiense de acordo com a legalidade do Código Ambiental na próxima etapa de votação com os senadores.

Fonte: Redação NA

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