ESPECIAL: Piauí: a nova fronteira agrícola.

Publicado em 07/07/2010 14:17 e atualizado em 07/07/2010 15:21

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Uma história de perseverança e coragem que começou em 1986, quando o seu Valtério e a dona Cândida decidiram deixar a terra natal, Santo Antonio das Missões, no Rio Grande do Sul, para se aventurar na região de Barreiras, no oeste da Bahia.

 

Seu Valtério, dona Cândida e os quatro filhos se instalaram numa propriedade de cerca de <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />100 hectares, sem nenhuma estrutura. “Foi muita luta, muito que ninguém imagina. A gente só não passou fome quando nós tivemos na Bahia, mas o primeiro ano, o segundo porque a gente tinha trazido muita criação. Para comprar alguma coisa a gente tinha que sair num tratorzinho pequeno, às vezes com água, com chuva, mas nunca paremos, nunca desistimos e eu sempre dando força e apoio para os meus filhos e o meu marido. Nós sempre juntos e eu sempre dizendo: ‘gente não desista porque Deus tem preparado uma terra melhor e a gente vai à luta’”, descreve a matriarca da família.

 

A dedicação dos Manganeli foi essencial para a ampliação da área de cultivo, que em pouco tempo passou de 100 para 500 hectares. Mas a propriedade na região de Barreiras já estava ficando pequena para o sonho dos Manganeli, então resolveram procurar uma nova fronteira para poder continuar crescendo. A região escolhida foi o Sul do Piauí que no início do ano 2000, ainda estava sendo desbravada.

 

O preço barato das terras na época possibilitou a família a aumentar em quase 10 vezes a área de plantio, mas a falta de infra-estrutura e as dificuldades do pioneirismo voltaram a fazer parte do cotidiano, com uma diferença: a família estava mais capitalizada e já com uma boa experiência no plantio de cerrado.

 

“Depois da gente estar nesse ponto aqui, a gentetem que lutar até o fim, pra não deixar a casa cair. Tem falta de apoio do governo, desde estradas, energia elétrica e é uma dificuldade tremenda, essa questão ambiental também. Embora a gente esteja fazendo as coisas, mais ou menos corretamente, conformeas leis estão pedindo, mas sempre existe dificuldade e entrave. (...) Mas tem muitas pessoas que trabalham contra isso e continuam atrapalhando, em vez de ajudar, tem pessoas que atrapalham a lida da gente e o próprio desenvolvimento do estado. A luta vai continuar, se Deus quiser, e a gente tem orgulho de ter chegado também aqui e estar transformando esse Estado aqui, que era tido como o mais pobre do Brasil. A gente tem orgulho de estar participando de uma transformação que está acontecendo na região”, orgulha-se Valtério.

 

 

 

 

Fonte: Redação NA

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