EXCLUSIVO: Situação para o milho se reverte e Brasil pode exportar sem a ajuda do Governo

Publicado em 13/09/2010 13:29 e atualizado em 13/09/2010 16:24
Milho: estoques nas mãos do Governo não são confortáveis, e, caso haja exportação mais forte, a situação de oferta poderá se complicar na safra de verão. O La Niña deverá atrasar o plantio no Sul e Sudeste.

 

As cotações do milho no mercado internacional vêm atingindo constantes altas, surpreendendo os produtores. Os fatores fundamentais para tal elevação está diretamente associada ao clima que quebrou as safras na Rússia e em outras regiões européias, a safra dos Estados Unidos aponta queda na produtividade, mesmo com registro recorde e a influência do fenômeno climático La Niña que já atrasa o plantio dos grãos na América do Sul.

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Estes são fatores suficientes para apontar que a demanda mundial tenderá a crescer. Com isso, o mercado brasileiro pode ver os números em exportação superar 12 milhões de toneladas. No entanto, a produção brasileira foi escoada pelo Governo atrás dos leilões de PEP (Prêmio para Escoamento do Produto) e destinará até 10 milhões de toneladas em exportações para embarque até janeiro de 2011.

 

O analista de mercado da Safras e Mercado, Paulo Molinari explica que atualmente existe cerca de 5,5 milhões de toneladas em posse do Governo, milho destinado ao consumo interno, suficientes para até o final do ano. Por outro lado, é preciso ficar alerta para o La Niña que já atrasa o plantio das safras de verão, ou seja, a entressafra de milho 2011/11 será mais longa, até aproximadamente fevereiro.

 

Garantir que até 10 milhões de toneladas de milho brasileiro sejam exportados é suficientemente bom para o país, porém, os preços não param de subir e a demanda se mantém muito aquecida. Molinari afirma que é possível exportar mais milho sem a ajuda do Governo, sendo então necessário mais produção de grãos.

 

A La Niña impede o aumento das áreas de milho no Sul do Brasil já que a região tende a ser mais atingida, assim como no Sudeste o plantio também será tardio. O centro-oeste deverá mantém sua atividade de plantar mais soja na cultura de verão e depois a safrinha.

Fonte: Redação NA

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