EXCLUSIVO: Preços do frango sofrem manutenção após dois anos de perdas
Nos últimos 30 dias, as cotações do frango vivo melhoram e alcançam R$ 2,00 o quilo em São Paulo. Mas o setor tem novos desafios para equilibrar a remuneração ao aumento de mais de 30% no custo da ração dos animais, já que a soja e o milho tem preços também em elevação.
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Segundo o presidente da APA (Associação Paulista de Avicultura), Érico Pozzer, os abatedouros têm repassado o aumento que o consumo da carne vem tendo no último mês aos produtores, somado ao acréscimo de volume de frangos exportados.
Após dois anos de perdas, o setor avícola respira aliviado, mas os preços precisam continuar nesses patamares por um bom tempo para cobrir totalmente os custos. A manutenção dos valores deve-se ao consumo, já que o valor da carne bovina na gôndola do supermercado é muito maior do que a das aves. O quilo do frango inteiro custa cerca de R$ 4,00 ao consumidor.
“Isso é reflexo de que eles (varejo) estavam trabalhando com uma margem muito grande e nós com prejuízo. Agora está bem mais equilibrado e o consumidor pode tranquilamente pagar esse preço que está aí sem prejuízo algum”, explica o presidente da APA.
As exportações também tomam um ritmo mais intenso e tende a crescer ainda mais até o final do ano, assim como historicamente acontece no segundo semestre de todo ano.
Por outro lado, Pozzer afirma que o aumento nas cotações do frango deve acompanhar a alta no preço dos grãos que compõem a ração dos animais (farelo de soja e milho) para que toda a cadeia produtiva sobreviva, ou seja, o equilíbrio que deve remunerar tanto o produtor de milho, quanto o criador de aves, assim como o setor varejista, dando margem de lucros para que todos continuarem na atividade produtora de alimentos no Brasil.