EXCLUSIVO: Chuvas no MT refletem perdas da soja hoje em Chicago

Publicado em 18/10/2010 12:37 e atualizado em 18/10/2010 14:48
Soja: preços continuam firmes na CBOT, apesar do recuo desta segunda-feira, reflexo das chuvas que aceleram o plantio no centro-oeste brasileiro. Por força das indefinições no clima, as cotações deverão permanecer por volta de 12 dólares o buschell.

 

As chuvas iniciaram no centro-oeste brasileiro acelerando o plantio e fazendo recuar as cotações da soja hoje na Bolsa de Chicago (CBOT). Porém, o mercado alcançou um novo patamar de preços por volta de 12 dólares o bushel que deverão permanecer enquanto houver incertezas para com a safra 2010/11.

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Segundo o consultor de mercado da Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, o cenário para a soja, assim como a tendência de alta para todas as commodities agrícolas, segue guiado pelas mesmas variáveis: a demanda chinesa surpreendendo em volume de compra toda semana, a disputa por área a ser plantada na próxima safra norte-americana entre soja, milho e algodão, assim como, mesmo com o atraso das chuvas, o plantio das lavouras brasileiras.

 

No Brasil, o Rio Grande do Sul e o Paraná já têm seu calendário de plantio regularizado quando em duas semanas foi concluído da semeadura das sementes após sequência de chuvas suficientes nas regiões. No Mato Grosso, a estiagem atrasou o plantio das safras, que no curto prazo, refletiu nos altos prêmios sobre o risco climático para venda do produto nos portos.

 

Cogo explica que todas as commodities agrícolas seguirão com tendência de alta, sendo que a soja abre mais espaço para alcançar 12 dólares o bushel e fazer o preço ser a nova realidade do seu mercado. Assim, garante que na briga por área, ela esteja como grão a ser mais plantado, quanto o milho sente dificuldade de chegar a 6 dólares o bushel.

 

A atenção do mercado internacional está voltada agora para o desenvolvimento das safras brasileiras. Caso o fenômeno La Niña traga maiores perdas na produtividade para o abastecimento mundial, preços ainda maiores devem acontecer nas bolsas e nos prêmios dos portos.

Fonte: Redação NA

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