EXCLUSIVO: Agronegócio não é pauta de campanhas presidenciais sensatas à nação
O dia da eleição para decidir o próximo presidente da República se aproxima (31 próximo), enquanto o agronegócio não entrou nas pautas da campanha eleitoral dos candidatos a eleição, nem mesmo durante o segundo turno. A defesa do relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi colocada em segundo plano e os partidos mostraram que não defendem os produtores rurais.
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De um lado, Dilma Roussef, candidata petista, já sofreu pressão da conhecida ONG ambientalista Greenpeace para o desmatamento zero no Brasil e, o tucano José Serra declara anistia aos infratores do meio ambiente.
Para a diretora executiva da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Mônica Bergamaschi, a solução para fazer valer o direito dos agricultores com o novo Código Florestal Brasileiro passa pela coerência jurídica de entender que atualmente a produção agrícola do Brasil tem outra dimensão, bem como, não pode ser sustentada desde 1965 com medidas provisórias que camuflam a falta de legitimidade técnico-científica das questões ligadas ao meio ambiente.
Em miúdos, colocar na ilegalidade produtores que alimentam o país como os vilões do meio ambiente seria como instaurar conflitos sociais pela escassez de comida nos grandes centros urbanos. Bergamaschi questiona o papel da sociedade junto ao campo para manter o equilíbrio entre a economia e a preservação ambiental.
Portanto, se a medida não for pensada pelos eleitores, principalmente do campo, para eleger o futuro presidente da República, “em 11 de junho do ano que vem, nós teremos 90% dos agricultores do Brasil postos na ilegalidade. Vai faltar cadeia e vai faltar algema”, avalia a diretora.