EXCLUSIVO: Dólar baixo e fundos compradores sustentam mercado dos grãos em alta

Publicado em 25/10/2010 18:09 e atualizado em 25/10/2010 19:13
Soja: mercado em Chicago está firme, com negócios posicionados na alta. Fundos compram com informações de que as chuvas continuam atrasadas no Centro-Oeste brasileiro e com compras incessantes por parte da China.
Os fundos continuam fortemente posicionados em suas compras, pressionando a mais um dia de altas dos grãos na Bolsa de Chicago (CBOT). A tendência é de preços firmes, principalmente se o câmbio continuar em queda e os fundos continuarem comprando.

Ainda hoje, o Banco Morgan Stanley projetou que a soja deve trabalhar no patamar de US$ 12,50 durante a safra 2010/11. Por essa nova realidade, o analista de mercado da RJ O’Brien, Pedro Dejneka, aconselha aos produtores a iniciar ao poucos negócios em contratos de hedge (proteção de preços) para garantir os altos preços do mercado em posições futuras. Ele alerta que os riscos que a influência climática La Niña deve ter sobre as safras da América do Sul ainda é uma incógnita.

Quanto ao milho, o mercado deverá buscar trabalhar no patamar de US$ 6, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos anunciar em seu último relatório que a produtividade do cereal no país é muito abaixo do esperado. Dejneka avalia ainda que o trigo não acompanhou tanto as altas das outras commodities, mas trabalha em terreno muito perigoso, após as safras da Rússia e da Ucrânia perderem parte da produtividade por causa de severas estiagens em junho passado.

Portanto, o analista prevê que enquanto os dólares caírem e assim fazerem fundos comprarem cada vez mais posições, o mercado sustentará firmes altas.

Fonte: Redação NA

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