EXCLUSIVO: USDA eleva cotações em Chicago com números baixos sobre o acompanhamento das safras mundiais

Publicado em 09/11/2010 12:46 e atualizado em 09/11/2010 16:16
Pregão em Chicago mostra soja acima de 13 dólares por bushel (mais de 50 cents de alta), refletindo estoques nos EUA suficientes para 20 dias, no máximo. Milho está com comportamento levemente alto, mas com 3 vencimentos acima de 6 dólares/buschell.

 

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) divulgou hoje novos dados de acompanhamento das safras e estoques mundiais, mas não surpreendeu o mercado que já esperava por redução nos números. No pregão da Bolsa de Chicago, a soja trabalha acima de 13 dólares por bushell, mais de 50 cents de alta, e o milho comporta-se com cautela, mas com três vencimentos acima de 6 dólares por bushell.

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Os números trazem redução na produção da soja norte-americana estimada em 92,752 milhões de toneladas para 91,854 mi/t, resultando nos estoques finais em 5,035 mi/t ante 7,212 mi/t, suficientes para abastecer por 20 dias o consumo interno do país. A produção do milho passa a 318,52 mi/t ante 321,67 mi/t previstos e os estoques finais reduzem de 22,91 mi/t para 21,07 mi/t.

 

Outras reduções para a produção da soja anunciadas pelo USDA são: do Brasil (de 69 mi/t para 67,50), Argentina (54,5 mi/t para 52 mi/t), China (14,7 mi/t para 14,4 mi/t) e a mundial (259,92 mi/t para257,36). Ainda para a soja, a projeção aumenta os estoques finais do mundo de 60,44 mi/t para 61,41 mi/t, ante uma demanda altista vinda da China de 50,34 mi/t para 57 mi/t.

 

Para o milho, os números são ainda mais desanimadores. Na produção dos Estados Unidos, cai de 321,67 mi/t para 318,52 mi/t e seus estoques finais caem de 22,91 mi/t para 21,07 mi/t. NO âmbito internacional de produção, o Brasil reduz de 56,10 mi/t para 51 mi/t; a Argentina aumenta de 22,50 mi/t para 25 mi/t. A produção mundial deve aumentar de 813,64 mi/t para 818,52 mi/t, enquanto o estoque final do mundo cai para 129,16 mi/t ante 147,95 mi/t.

 

Segundo Ricardo Lorenzet, analista da XP Investimentos, o ponto que mais chamou a atenção do mercado foi na redução dos estoques finais dos Estados Unidos frente a incerteza sobre a produção das safras da América do Sul em 2011. O cenário mostra que durante o curto e médio prazo, todas as commodities agrícolas terão suas cotações sustentadas no mercado internacional e fortalecidas no mercado interno, bem como, uma demanda consistente vinda de país da Ásia, principalmente.

 

O analista deixa em alerta aos produtores que venderam seus produtos antes da alta que trabalhe com negociações no mercado futuro porque a desvalorização do dólar frente as outras moedas internacionais, eleva o mercado das commodities alimentares pelos fundos. “A percepção atrelada ao mercado de opções (no futuro) se confirma nesse momento e cada vez mais o produtor tem que estar de olho porque o cenário não é só para o próximo ano, mas sim para os próximos 10 anos”.

Fonte: Redação NA

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