EXCLUSIVO: Custos finais de produção da avicultura tem aumento considerável nos últimos 12 meses

Publicado em 15/06/2011 12:21 e atualizado em 15/06/2011 14:27
Avicultura: levantamento da Embrapa mostra que o menor custo de produção está no Paraná, onde produtores gastam em média R$0,17 por quilo vivo. Ração, pintinhos e mão-de-obra são os componentes mais onerosos no custo de produção.

Nos últimos 12 meses, os custos finais de produção da avicultura sofreram considerável aumento. Este avanço está diretamente ligado aos custos com a alimentação. A ração animal do setor representa 70% do custo total, sendo que, deste total, o milho tem uma participação correspondente a 40% e o farelo de soja em torno de 30%. O preços desses insumos tiveram um aumento expressivo no acumulado dos últimos 12 meses. "Se houver tanto um aumento ou diminuição do preço desses insumos automaticamente o reflexo será proporcional no impacto final", diz o analista da Embrapa Aves e Suínos, Ari Jarbas Sandi.


Ari conta que os custos de produção para o produtor integrado à agroindústria compreendem em mão de obra, energia elétrica, licença ambiental e caleifação, que é o aquecimento da instalação. Neste caso, a agroindústria arca com os custos da alimentação, com os serviços de apanha sobre os produtos veterinários e os pintinhos. "É preciso ser feita essa distinção entre os que são integrados e os que não são. Quem não é integrado, que é o produtor independente, acaba arcando com todos esses custos. Automaticamente o capital de giro é maior", comenta.

Ari afirma que houve aumento dos custos de produção tanto para o produtor integrado à agroindústria quanto para o independente. De acordo com o levantamento da Embrapa, o menor custo de produção registrado em abril foi no estado no Paraná, onde produtores gastaram em média R$ 0,17 por quilo vivo.  Já em Santa Catarina, o preço ficou em torno de R$ 0,20 para o mesmo aviário. No Mato Grosso do Sul o custo de produção ficou em R$ 0,19. O maior custo de produção ocorreu no Ceará, com um valor aproximado em R$0,216.


A ração, os pintinhos e mão-de-obra são os componentes mais onerosos no custo de produção. "A ração continua sendo entre 60 e 72% na partipação dos custos total. É o custo de mais impacto para os produtores independentes", comenta. Ari diz que hoje o produtor deve estar atento aos custos de produção e ter controle total sobre o gerencimento de  sua própria receita  "Não tem mais espaço para amadores. quem for amador, não dura mais de 6 meses no mercado", alerta.

Por: Aleksander Horta e Marília Pozzer
Fonte: Notícias Agrícolas

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