DA REDAÇÃO: Certificação européia pode ser barreira aos produtos brasileiros
As exigências dessa certificação podem ser severas para o agricultor brasileiro. Em conversa com pesquisadores da universidade de Haia, na Holanda, foi defendido que a certificação não pode exigir coisas que o país não tem. O ideal seria uma “certificação mundial, que tivesse as mesmas exigências para todos”. A preocupação aumenta porque já existe o compromisso de, até 2015, a Europa só comprar produto certificado, principalmente para ração.
"Na China não tem legislação trabalhista nenhuma, agora que eles conseguiram 4 dias de férias não-remuneradas; não tem APP; não tem reserva legal. Aqui no Brasil, é uma imensidão de exigências, não da pra cumprir todas, não dá para conseguir essa certificação”, disse o presidente da associação, Glauber Silveira fazendo uma comparação entre o Brasil e a nação asiática.
Esse cenário desequilibra as condições de competição do Brasil no exterior, ainda mais com o governo europeu fornecendo um expressivo valor em subsídios para o produtor local não deixar de plantar. Uma das soluções para isso é a profissionalização. Apesar de o governo brasileiro possuir 6 ou 7 adidos agrícolas pelo mundo, Glauber acredita que o Brasil precisa se profissionalizar ainda mais. “O que está se fazendo ao redor do mundo é colocar barreiras comerciais ao Brasil, usando esse artifício da questão ambiental , isso me preocupa”, explica.
Sobre o financiamento por parte de multinacionais concorrentes do mercado brasileiro a ONGs ambientalistas internacionais, o presidente se indigna. “Olha o absurdo, o Brasil, apesar de ter a produção agrícola mais sustentável do mundo, vai ser a única não certificada”.