DA REDAÇÃO: USDA surpreende com estoques mais baixos para o milho e cotações sobem forte em Chicago

Publicado em 12/07/2011 14:35 e atualizado em 12/07/2011 17:17
Grãos: relatório do USDA influencia positivamente o mercado do milho em Chicago. Apesar da elevação dos estoques em relação aos últimos números divulgados, volume ainda é pequeno para atender um possível aumento na demanda.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) divulgou hoje (12) um novo relatório de oferta e demanda, mexendo mais uma vez com os mercados. Ainda conservador, a maior surpresa é para os números do milho menos pessimistas para o mercado.

Após o relatório que mudou o direcionamento do mercado sobre as áreas plantadas divulgado em 30 de junho, aumentando consideravelmente as áreas com plantio de milho, era esperado que neste os estoques finais estivessem com 1 milhão de bushel acima nos Estados Unidos e 118 milhões de toneladas no mundo. Porém, o USDA surpreende e estima números em 870 milhões de bushel nos estoques norte-americanos e 115,5 milhões de tonelada no mundo. Assim, as cotações do milho comemoram com uma alta de 2 dígitos na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (12).

Já para a soja, o departamento compensou os dados da safra nova sobre a safra velha. Ou seja, os estoques da safra 2010/11 foram aumentados com 500 mil bushel antes a redução de 400 mil toneladas sobre a safra da nova temporada.

Em Chicago, além de refletir os dados do USDA, o mercado continua precificando a previsão climática de tempo quente e seco pelas próximas duas semanas nas regiões plantadas com milho e soja. Caso o clima se confirme, perdas na produção dos grãos pode virar novamente o mercado para a alta.

Direto de Nova Iorque, Vinicius Ito, analista da Newedge Corretora, explica que a volatilidade prevista para os próximos dias é boa para os negócios já que a soja está precificada em US$ 13,50/bushel e se sustenta com demanda em até US$ 14,00/bushel. Depois deste relatório, o mercado voltará suas atenções para o clima sobre as lavouras norte-americanas para ter surpresa ou não sobre o mercado.

“O que o USDA falou hoje é uma foto que ele tirou olhando para trás, o que o mercado quer saber hoje, olhando para frente, é qual vai ser o tamanho dessa safra”, diz Ito.

Por: Aleksander Horta e Juliana Ibanhes
Fonte: Notícias Agrícolas

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