DA REDAÇÃO: USDA pode estar começando a corrigir produção de milho nos Estados Unidos e muda situação do mercado em Chicago

Publicado em 12/07/2011 19:03
Grãos: USDA baixista para os estoques finais de milho fazem cotações subir forte em Chicago. O departamento norte-americano começa a corrigir números de alta produção do último relatório e vira o mercado. No Brasil, alta nos portos estimula vendas.

Após a divulgação do relatório de oferta e demanda pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), as cotações viram na Bolsa de Chicago. O milho fechou a terça-feira (12) com alta superior a 25 pontos nos principais vencimentos, puxando ganho de até dois dígitos para a soja.

Segundo os dados do departamento, os estoques finais de milho vieram bem acima do esperado pelo mercado que ainda sentia a pressão do relatório do último dia 30 de junho. Além do acumulado de passagem, o USDA aumentou a demanda subestimada nas últimas informações. Para Flávio Oliveira, operador de mesa da Terra Futuros, o órgão começa a corrigir as reais expectativas para o mercado dos grãos.

Já a soja teve reportado um leve aumento nos seus estoques de passagem, mas, segundo Oliveira, o pregão diurno trabalhou na esteira do cereal que surpreendeu os mercados em Chicago, pois, como não é novidade, os estoques mundiais da oleaginosa continuam baixos.

Por outro lado, o operador da Terra Futuros lembra que é preciso ainda ficar atento à situação financeira de alguns países em crise na Zona do Euro. Cenário aponta para soma na volatilidade das commodities, em especial, as agrícolas.

No Brasil, a comercialização do milho da safra de verão continua com preços firmes e a alta de Chicago impulsionou também os valores nos Portos nesta terça-feira. É possível que as exportações compitam com o mercado interno que teme que as perdas com as geadas das últimas semanas afetem o abastecimento do mercado.

No entanto, Flávio estima que, apesar da oferta diante da entrada da safrinha nas negociações, a tendência para o médio e longo prazo é de que os preços continuem firmes, refletindo as perdas por conta das geadas.

Por: João Batista Olivi e Juliana Ibanhes
Fonte: Notícias Agrícolas

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