DA REDAÇÃO: Economia mundial força recuo no preço do café

Publicado em 18/07/2011 13:52 e atualizado em 18/07/2011 17:37
Café: colheita avança no sul de Minas Gerais e cafeicultores estão colhendo boa qualidade dos grãos. Mercado em N. York está pressionado, mas sem tendência de queda já que fundamentos asseguram novas altas.

A queda constante no preço do café durante as duas últimas semanas está mais ligada à fragilidade européia e de outros países do que aos fundamentos de produção agrícola. Essa foi a conclusão do presidente da Cocatrel (Cooperativa dos Cafeicultores de Três Pontas), Francisco Miranda. Atualmente, o café tipo 6 está cotado na faixa de R$450, mas na média fica entre R$ 420 e R$ 430. Porém, o valor do produto já esteve em R$500.

Portanto, a recomendação para o cafeicultor que não precisa de dinheiro no momento é de segurar a venda, pois a produção do Brasil não deve ser maior que a do ano passado. Aliás, provavelmente, será bem menor que a expectativa, segundo avaliação de Francisco Miranda.

Para segurar o café, a cooperativa de Três Pontas está buscando recursos para fazer estocagem. “Nós estamos esperando dinheiro para financiar o café, segurar um pouco e o produtor não ficar totalmente descapitalizado”, diz. A expectativa é que o grão se mantenha em patamares um pouco mais altos que os preços praticados hoje.

No entanto, como o passivo dos cafeicultores se arrastam por 10 anos, uma recuperação do setor exigiria no mínimo 3 anos de preços razoáveis. Isso porque esses produtores vêm acumulando despesas diversas, “tem que trocar lavoura, comprar maquinário, reformar casa do colono”, diz Miranda.

A Cocatrel
Completando 50 anos no dia de hoje (18 de Julho), a Cocatrel tem 5.000 cooperados, sendo que 4.200 são atuantes. No ano passado, a cooperativa recebeu 1,1 milhão de sacas e espera receber uma quantidade um pouco maior este ano, pois o número de associados também aumentou. Porém, a safra de 2011 foi proporcionalmente a mesma que a de 2010 ou, talvez, um pouco menor, de acordo com as estimativas de Francisco Miranda.

Por: João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte: Notícias Agrícolas

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