DA REDAÇÃO: Indefinição climática sustenta mercado dos grãos em Chicago
A incerteza climática no cinturão de grãos dos Estados Unidos faz as cotações do complexo oscilarem nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago. A previsão de poucas chuvas para o final de semana não deve aliviar a situação de seca e temperatura quente nas regiões produtoras e há expectativa de perda no índice de produtividade do milho em momento necessário para alta produção mundial.
Além dos estoques norte-americanos de milho apertadíssimos, a China já comprou cerca de 21% do que o país previa exportar este ano, além de que 40% do cereal será destinada à produção de etanol, bem como, ainda será preciso abastecer o mercado interno. Ou seja, a situação é preocupante e, apesar de trabalhar com números otimistas, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deve começar a reduzir os dados da safra que tinha como necessidade ser recorde.
Diante deste cenário, o operador de mesa da Terra Futuros, Flávio Oliveira estima tendência de alta para os próximos dias ou até enquanto não houver mudança no padrão de clima nos Estados Unidos, o mercado não tem espaço para a baixa e se mantém sustentado.
No Brasil, a colheita avança lentamente e dados apontam para perda de produtividade e qualidade dos grãos a serem colhidos da variedade plantada tardiamente. No Porto de Paranaguá, o prêmio para os vencimentos de agosto e setembro chegam a R$ 29,00/sc de 60 quilos com indicação de compra, mas sem vendedor. No oeste do Paraná, o milho destinado à exportação não tem padrão para venda e é comercializado para venda em R$ 27,50/sc e na compra por R$ 26,50/sc.
Oliveira é confiante no mercado interno sustentado para a alta, onde o vencimento setembro deverá chegar a R$ 30,00/sc na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).