DA REDAÇÃO: Queda na condição das lavouras norte-americanas impulsiona os mercados em Chicago
As cotações do complexo de grãos reagem forte nesta terça-feira (26) na Bolsa de Chicago (CBOT) após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) reduzir a condição das lavouras de milho e soja do país da última semana para a atual. Porém, se não fosse a crise financeira norte-americana, os preços poderiam estar trabalham acima dos tetos registrados há um mês.
Analistas e o próprio departamento começam a apostar em perdas significativas para as lavouras norte-americanas, em especial, para o milho que tem o calor excessivo no cinturão de grãos prejudicando o desenvolvimento dos grãos. Segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a safra do cereal tem as piores condições em qualidade desde o início do plantio.
Por outro lado, a demanda continua forte e suporta os preços futuros do milho. E, com a confirmação das perdas no próximo relatório de rendimento que o USDA deve divulgar no próximo dia 12 de agosto, os compradores do cereal devem buscar a oferta em outros países, onde o Brasil entra como potencial vendedor para o mercado.
Diante disso, produtores brasileiros temem maiores perdas na safrinha do milho. Brandalizze lembra que os estoques estão ficando ajustados e a produtividade se confirmando abaixo do esperado. Há quem opine em baixa de até 50% nesta produção.
No Paraná, após o plantio sofrer com uma estiagem e, em meados de junho, ser atingida por geadas, as lavouras que estão em pleno avanço de colheita são surpreendidas por chuvas, o que faz o grão brotar ainda nas espigas. O cereal está com baixíssima qualidade nos estoques, em sua maior parte, já ardidos. Produtores temem o atendimento dos contratos negociados antecipadamente.