DA REDAÇÃO: Falta de mão de obra atrasa a colheita de café no Espírito Santo
Publicado em 26/07/2011 14:10
e atualizado em 26/07/2011 18:12
Café: conillon se recupera em Londres nesta terça-feira, mas no Brasil preço cai com entrada da safra do Espírito Santo. Colheita brasileira tem atraso de 30 dias e perda na produtividade por conta da exigência trabalhista nos cafezais.
Em Jaguaré (ES), cafeicultores retardam a colheita por cerca de um mês, devido à falta de mão de obra. Com o atraso, o grão perdeu qualidade, principalmente durante os últimos 15 dias em que foi colhido e houve entrada de broca no café.
De acordo com Giovanni Sossai, presidente do Sindicato Rural de Jaguaré, a cada ano, os produtores vêm tendo mais dificuldades em contratar. A migração de trabalhadores do sul da Bahia em direção ao norte do Espírito Santo, antes comum em épocas de colheita, caiu. A explicação estaria no aumento da plantação de café nessa região baiana.
Outra situação que tem tirado esses apanhadores do trabalho no campo são os benefícios concedidos pelo governo, como o bolsa família e o bolsa escola. Há relatos de casos no sul da Bahia, em que as pessoas se recusam a assinar a carteira de trabalho para não perder o dinheiro desses auxílios.
A norma regulamentadora - NR31, da legislação trabalhista, que contem 251 itens a serem cumpridos, também prejudica a contratação da mão de obra. Segundo Sossai, essas exigências oneram muito o produtor rural que, de acordo dados da Universidade Federal de Lavras e o do CIM (Centro de Inteligência em Mercados), gasta com encargos trabalhistas o correspondente a 9% do valor da saca de café.
A NR31 é, além disso, tão exigente que nenhum produtor rural teria condições de cumpri-la na íntegra. Cientes disso, os fiscais têm verificado apenas alguns itens, como carteira assinada, banheiro, transporte, luvas e local coberto para alimentação.
Para Sossai, a solução dessa problemática seria alterar a legislação, de modo a garantir a renda e segurança dos trabalhadores, mas de uma forma que também não prejudique os agricultores.
De acordo com Giovanni Sossai, presidente do Sindicato Rural de Jaguaré, a cada ano, os produtores vêm tendo mais dificuldades em contratar. A migração de trabalhadores do sul da Bahia em direção ao norte do Espírito Santo, antes comum em épocas de colheita, caiu. A explicação estaria no aumento da plantação de café nessa região baiana.
Outra situação que tem tirado esses apanhadores do trabalho no campo são os benefícios concedidos pelo governo, como o bolsa família e o bolsa escola. Há relatos de casos no sul da Bahia, em que as pessoas se recusam a assinar a carteira de trabalho para não perder o dinheiro desses auxílios.
A norma regulamentadora - NR31, da legislação trabalhista, que contem 251 itens a serem cumpridos, também prejudica a contratação da mão de obra. Segundo Sossai, essas exigências oneram muito o produtor rural que, de acordo dados da Universidade Federal de Lavras e o do CIM (Centro de Inteligência em Mercados), gasta com encargos trabalhistas o correspondente a 9% do valor da saca de café.
A NR31 é, além disso, tão exigente que nenhum produtor rural teria condições de cumpri-la na íntegra. Cientes disso, os fiscais têm verificado apenas alguns itens, como carteira assinada, banheiro, transporte, luvas e local coberto para alimentação.
Para Sossai, a solução dessa problemática seria alterar a legislação, de modo a garantir a renda e segurança dos trabalhadores, mas de uma forma que também não prejudique os agricultores.
Por: João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte:
Notícias Agrícolas