DA REDAÇÃO: Soja se recupera em Chicago com calma na macroeconomia e queda do dólar nesta quarta-feira

Publicado em 17/08/2011 13:25 e atualizado em 17/08/2011 16:51
Grãos: calma sobre pânico no mercado financeiro e queda do dólar recuperam perdas em Chicago nesta quarta-feira. Cenário climático é fundamental para suportar preços no curto prazo. La Niña ameaça produção da América do Sul.

Com o mercado financeiro esboçando calma nesta quarta- feira (17) e o dólar recuando, a volatilidade dos fundamentos climáticos volta a influenciar forte na cotação do complexo de grãos na Bolsa de Chicago. A soja dos Estados Unidos que tem o período de desenvolvimento dos grãos em agosto ganha mais de 2 dígitos nos principais vencimentos, se recuperando das quedas recentes, enquanto que o milho realiza lucros após as fortes altas dos últimos dias.

Para Glauco Monte, consultor da FCStone, este é o típico dia em que o sojicultor brasileiro precisa avaliar sua relação de custos e lucros para fixar vendas no mercado futuro. É importante não esquecer que a crise financeira na Zona do Euro ainda é indefinida para o futuro da economia mundial e o risco de uma recessão põe em “xeque” também o futuro da demanda.

Diante dos levantamentos sobre quebra na produção de grãos nos países produtores do mundo, a consultoria alemã Oil Word estima que o fenômeno climático La Niña pode atrapalhar o desenvolvimento das safras de verão do Brasil e da Argentina já a partir de outubro. O centro-oeste brasileiro já enfrenta um longo período de seca nessa época do ano.

Monte afirma que a projeção da consultoria é apenas um alerta de que as mudanças climáticas, assim como já vem influenciando, pode atrapalhar mais a produção mundial da agricultura que é uma empresa à céu aberto. Assim, notícias como esta dão ainda mais embasamento e suporte para novas altas no complexo de grãos nas bolsas internacionais.

Por: João Batista Olivi e Juliana Ibanhes
Fonte: Notícias Agrícolas

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