DA REDAÇÃO: De volta a pauta do Senado, debate sobre Código Florestal avança
Ainda segundo a senadora, as áreas de produção presente em morros não devem mais ser prejudicadas. Por outro lado, a grande dificuldade de aprovação é em relação às margens de rios por conta de emenda 164 que coloca a consolidação da produção nas margens dos rios condicionada a uma adesão do produtor rural ao PRA - Plano de Regularização Ambiental no órgão estadual.
Para Kátia, o grande embate em torno da questão é que para alguns parlamentares o cultivo em margens de rios permitira o aumento do desmatamento. “Não há nenhuma palavra no relatório de Aldo Rebelo que posso implicar em aumento de desmatamento nas margens de rios. Queremos apenas consolidar aqueles que já estão lá produzindo. Assim é no mundo inteiro, no rio Nilo, no rio Tâmisa. Nós estamos lutando para garantir a permanência de produtores que há anos ocupam essas áreas e não para ampliar o desmatamento”, garante.
A regulamentação do Novo Código implicaria em um debate efetivo das questões ambientais brasileiras, hoje renegadas exclusivamente a órgãos do Governo e à ONG’s, que nos últimos anos se alocaram dentro das instituições federais massivamente.
“O que nós temos hoje são produtores que querem produzir de forma sustentável, que não estão em busca de desmatamento, pois seu volume de produção pode multiplicar por meio de tecnologias e sem necessidade de desmate. Nós estamos apenas procurando a legalização para que o Brasil possa continuar sendo a maior e mais barata agricultura do planeta e de forma sustentável”, conclui Kátia.