DA REDAÇÃO: Oferta mais enxuta e mecanismos governametais sustentam preços do arroz
As negociações no mercado interno seguem mais firmes com o enxugamento da oferta. "O mercado está respondendo finalmente à ação governamental de subvenção tanto de PEP quanto dos outros mecanismos de aquisições", comenta.
Na região de Pelotas- RS, quase não há negociações abaixo do preço mínimo, já que muitos produtores estão com estoques reduzidos devido à ativa participação em mecanismos de PEP Pepro e AGF. Além disso, no cenário internacional, a reação do dólar vem tornando o produto gaúcho mais competitivo no mercado, o que contribui para o enxugamento dos estoques. Por outro lado, na região da Campana Gaúcha, o valor da produção segue mais depreciado já que os procedimentos de logística dificultam o acesso dos produtores aos mecanismos de comercialização.
Apesar dos valores regionalizados, a tendência para produtor de todo país é de alta nos preços, com cenário firme e remunerador. "Os preços estão se recuperando próximo a Pelotas que está com estoques reduzidos (...) logo vai haver uma procura pelo produto de outras regiões e consequentemente o efeito cadeia deve refletir na recuperação dos preços dessas regiões", conclui.
Redução da Área Plantada
Na próxima semana, a Conab deve divulgar o primeiro levantamento de intenção de plantio do arroz no Brasil. Indicadores já apontam para uma possível redução de 10%. O Rio Grande do Sul deve semear 1.057.357 ha (um milhão, cinqüenta e sete mil e trezentos e cinqüenta e sete hectares) de arroz na safra 2011/2012. Os dados, divulgados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), representam uma redução de quase 11% em relação a 2010, o equivalente a quase 125 mil hectares. Este indicativo também vale como suporte para as cotações.