DA REDAÇÃO: Problema climático no Brasil assusta operadores em NY e fundamenta mais susporte de preços. Crise na economia breca

Publicado em 06/10/2011 18:55
Café: cotações acompanham bom humor do mercado financeiro e termina a quinta-feira com expressiva alta em N. York. Mundo olha para problemas climáticos no Brasil, mas produção não deve passar de 55 milhões de toneladas. Produção é suficiente para demanda interna e exportações.

 

Os contratos futuros do café acompanharam a calmaria da quinta-feira (06) no mercado financeiro e encerraram o dia ganhando mais de 800 pontos na Bolsa de Nova York. Entre os fundamentos, a falta de chuvas nas lavouras do Brasil atrasa a florada, com risco de maior quebra na produtividade, assustando os operadores de mercado.

Para Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, apesar de se falar em grande safra no Brasil, a bianualidade da produção e os problemas climáticos devem manter a temporada brasileira dentro do esperado entre 54 e 55 milhões de toneladas, como estimou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última safra.

Segundo o consultor, o volume é suficiente para atender aproximadamente as 20 milhões de toneladas do grão para consumo interno e outro montante próximo a 40 milhões destinados às exportações. Diante disso, o consumo internacional precisará de outras produções para atender a demanda total do mundo.

Ainda que o Brasil trabalhe na expectativa de uma safra normal em 2012, Carvalhaes lembra que a severa estiagem sobre os cafezais deste ano acumularão sequelas no próximo e o país deverá produzir sempre na média estimada, sem aumento na produção. Assim como em 2013, outro ano de produção bianual, o volume não extrapolará o esperado.

Vale lembrar que as safras da Colômbia e do Vietnã também sofrem com a adversidade climática.

Mesmo com o cenário fundamento suficiente para sustentar os preços do café na alta pelos próximos três anos, o temor que a economia mundial vive frente à possível recessão mundial, pode perturbar o mercado do grão que caminha colado ao financeiro e sua volatilidade.

Por: João Batista Olivi e Juliana Ibanhes
Fonte: Notícias Agrícolas

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