DA REDAÇÃO: Preços da mandioca reagem diante da falta de raiz de segundo ciclo para a indústria

Publicado em 08/11/2011 09:05 e atualizado em 08/11/2011 16:06
Preços da mandioca reagem diante da falta de raiz de segundo ciclo para a indústria. Expectativa de aumento da oferta em novembro deve ser neutralizada pela disputa por matéria-prima entre as fecularias.
A disponibilidade de mandioca de segundo ciclo para a indústria segue abaixo do esperado pelas fecularias acompanhadas pelo Cepea. Como consequência, os preços da raiz se mantém firmes.

Segundo o pesquisador do Cepea, Fábio Isaías Felipe, o clima desfavorável para colheita, com picos entre tempo chuvoso ou muito seco, bem como a retração dos produtores de algumas regiões, que aguardam preços maiores, são fatores que refletem diretamente a alta dos preços atualmente. "O baixo teor de amido nas raízes fez diminuir ainda mais o interesse de colheita por parte dos produtores que seguem sem entregar o produto para a indústria", completa.

Na última sexta-feira, o fechamento da média Cepea foi de R$ 248,68 por tonelada, uma alta 2,3% em relação a semana anterior. Segundo o analista, os preços remuneram o produtor e cobrem todos os custos de  produção.  

Para novembro, espera-se um acréscimo na oferta já que muitos produtores tendem a vender parte de sua produção a fim de fazer caixa para o final do ano. No entanto, a demanda por parte da indústria, que segue crescente principalmente no setor de fécula, deve neutralizar uma possível retração nos preços.

De acordo com o analista, informações preliminares e não oficiais apontam para uma diminuição na área plantada com mandioca na safra 2011/12, porém ainda não foi possível quantificar o decréscimo. Para ele, o desestímulo para o investimento na cultura se dá, principalmente, em função dos elevados custos de produção, do aumento dos gastos com mão de obra e do crescimento do interesse por outras culturas mais rentáveis.

Por: Ana Paula Pereira e Marília Pozzer
Fonte: Notícias Agrícolas

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