DA REDAÇÃO: Analistas projetam soja a US$10,50 para Março/2012 em Conferência na China

Publicado em 18/11/2011 13:15 e atualizado em 18/11/2011 20:30
Conferência Internacional de Óleos e Oleaginosas na China traz previsões pessimistas para o mercado de soja no curto prazo. Analistas presentes ao Encontro estimaram patamar de US$ 10,50 o bushel para março de 2012, queda de 12% sobre o preço futuro atual e 30% abaixo dos últimos melhores preços (US$ 14/bu).
O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, acaba de chegar de uma viagem à China, onde participou da Conferência Internacional de Óleos e Oleaginosas. Ele conta que, em dado momento do encontro, o mediador do painel perguntou para seis analistas mundiais quais preços eles projetariam para Março de 2012. A resposta foi uma média de US$10,50, sem disparidades entre a opinião deles. Somente um indiano que palestrou no evento fez projeções altistas.

A sensação de Glauber, baseada nas conversas de bastidores, foi que, diferente do que a imprensa divulga, poderia haver uma tendência forte de queda. Embora a demanda se sustente, o mercado tem sido comandado por muitos fatores diferentes. “Antigamente, a soja era só oferta e demanda”, lembra Glauber. Porém, agora, as cotações dependem muito mais das atividades dos fundos, dos preços de outros produtos como milho, trigo, carne, petróleo e também do dólar.

Influência da moeda brasileira nos preços da soja
O fato, novidade para o presidente da Aprosoja, ocorre em função da importância da safra da América do sul (Argentina e Brasil), que já produzem mais que a América do Norte. “A moeda brasileira, na questão da exportação passa a ser muito importante; se tiver um real muito fortalecido, os americanos perdem competitividade”, explica.

Outro ponto que pode declinar os preços da oleaginosa é o processo de desaceleração que a China deve passar. Com a diminuição da migração do campo para a cidade, a redução da criação de vagas de emprego e o processo “nostálgico” de pós olimpíadas, o crescimento para os próximos três anos lá deve ser menor. Por isso, a recomendação ao sojicultor é de cautela.

Por: João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado