Mercado do ovo acumula alta de quase 70% desde janeiro, com ajuste entre oferta e demanda

Publicado em 28/03/2022 15:04 e atualizado em 28/03/2022 16:14
Especialista pontua que em março, a alta até o momento é de 3%, considerando as flutuações de preço ao longo do período
Felipe Fabbri - Analista de Mercado da Scot Consultoria

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Entrevista com Felipe Fabbri - Analista de Mercado da Scot Consultoria sobre o Mercado dos Ovos

O mercado dos ovos no mês de março acumulou alta nos preços pagos na granja, de acordo com o analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, entre oscilações ocorridas ao longo do período. Segundo ele, até esta quinta-feira (28), a alta é de 3%, com o preço da caixa com 30 dúzias do produto na granja, referência São Paulo, custando R$ 136,50. 

"Entretanto o destaque fica para o auemnto no acumulado do ano, ou seja, de janeiro a março, que chega a quase 70%. Começamos com um janeiro fraco, chegamos em fevereiro registrando valores recordes nominais e sustentando em março", disse.

Alguns dos fatores que contribuem para o cenário, além do período da Quaresma, no qual a demanda aumenta tradicionalmente, o analista cita o enxugamento da produção, aumento nos custos de produção (que precisam, ao menos em parte, ser repassados), retomada de eventos e aulas presenciais e a liberação de benefícios financeiros, como o Auxílio Brasil e o saque do FGTS.

Para Fabbri, a expectativa é de que, justamente por estes motivos, abril tenha uma continuidade na sustentação dos preços ou até certa alta, mas sem picos vertiginosos. "A gente sabe que há um teto de preços que é aceito pelo consumidor. Em determinada época chegamnos com a caixa de 30 dúzias a 127,00 e depois recuou. É uma questão de ir testando valores", pontuou.

O aumento nos preços pagos ao produtor também aliviou um pouco a pressão ans margens de lucro frente aos custos de produção. Apesar de aunda altos, Fabbri explica que um dos atuais e principais fatores que mexem com os preços dos grãos, a guerra entre Rússia e Ucrância, já completou um mês. Portanto, o mercado já entendeu esta dinâmica e não deve mudar tanto, conforme o analista.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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