Duas doenças atacam o trigo de Guarapuava (PR) na hora da colheita

Publicado em 03/11/2015 10:30
No momento em que o Brasil mais depende do trigo de qualidade, duas doenças ainda não identificadas estão derretendo o trigal de Guarapuava/PR. Com a colheita prestes a começar, as doenças, que estavam na cevada, pularam para o trigo. As hastes amarelecem, os grãos endurecem e a safra que prometia dar renda está virando triguilho

Duas doenças, ainda não identificadas, atingiram as lavouras de trigo na região de Guarapuava (PR) que já estavam prontas para a colheita. Os pesquisadores suspeitam que possa ser uma bacteriose combinada com o fungo da mancha amarela que estão derretendo o trigal da região.

O problema teve inicio nas lavouras de cevada e rapidamente se espalhou para o trigo. As plantas atingidas pela doença ficam com as hastes amareladas, e os grãos endurecem comprometendo a qualidade do produto.

Segundo o presidente do sindicato rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho, a safra que apresentava grandes qualidades e produtividade está virando triguilho. "Nos últimos dez dias a doença da macha amarela - que já estava ocorrendo - pode ter se associado a uma bacteriose e agora as aplicações de fungicidas não tem obtido resultados positivos", explica Botelho afirmando que cada aplicação custou em média mil reais por hectare.

Caso a presença da bacteriose se confirme podemos ter perdas significativas na produção, pois não existem agroquímicos de controle registrados para o trigo. Atualmente cerca de 7% de todo o trigo produzido no Estado é cultivado em Guarapuava (PR).

Além disso, em todo o país há registros de problemas com o trigo na safra 2015/16, devido ao excesso de chuvas no Sul. "Com os problemas no Rio Grande do Sul e em parte do Paraná, já se fala em um produção brasileira de 6 milhões de toneladas", destaca o presidente.

Diante desse cenário, Botelho ressalta ainda a importância de investir em tecnologia para desenvolver novos produtos de controle de doenças e potencializar da produção.

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Por: João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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