Preços do feijão carioca seguem firmes mesmo com chegada da terceira safra e já se aproximam dos R$400,00/saca novamente

Publicado em 22/07/2016 12:18
A importação de feijão preto da China e da Argentina não deve fazer preços recuarem
Entrevista com Marcelo Lüders - Correpar

A colheita do feijão carioca vem evoluindo em todo o país, ao passo que as cotações se mantém firmes devido à baixa concentração de saída.

O analista da Correpar, Marcelo Lüders, explica que além da quebra na produção, os agricultores estão retendo a comercialização na expectativa de melhores preços.

Nesta semana novas informações voltaram a impulsionar os preços. No interior de São Paulo e Minas Gerais lavouras foram atingidas por geada, prejudicando a oferta que deveria entrar no mercado em meados de outubro. Já na Bahia o tempo seco poderá causar quebras significativas na produção.

"Os produtores não irão vender agora - aceitando uma oferta mais barata - se as informações são sempre negativas para produção e favoráveis às cotações", ressalta Lüders.

As ofertas de negócio nesta semana variam entre R$ 300,00 a R$ 400,00 a saca de 60 kg. Para o analista, considerando todos esses fator os preços devem continuar firmes na faixa de R$ 380,00 a R$ 400,00/sc no curto prazo. No entanto, é importante ressaltar que na próxima semana ocorre tradicionalmente o abastecimento de estoques para o início de mês.

Feijão Preto

A expectativa de que as importações possam derrubar os preços do feijão preto, preocupa dos produtores. No entanto, Lüders ressalta que outros fatores têm pesado no mercado.

Nem mesmo os lotes vindo da Argentina e China chegam por menos de R$ 230,00 a R$ 240,00 a saca. Segundo o analista, sem considerar uma possível necessidade de importação da Venezuela, ainda assim, o mercado mundial não teria feijão preto para manter o abastecimento até novembro.

"Países como a China não esperavam que o Brasil fosse precisar de tanta importação. A entrada do país fez com que os preços se sustentassem", explica Lüders.

Dessa forma, o analista não descarta novas altas para o feijão preto neste segundo semestre.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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