Clima mais úmido na região de Laguna Carapã (MS) favorece o aparecimento do pulgão nas lavouras de milho safrinha

Publicado em 17/06/2015 11:17
Clima mais úmido na região de Laguna Carapã (MS) favorece o aparecimento do pulgão em lavouras de milho safrinha. Com o alto índice de umidade, produtores não conseguiram iniciar a colheita da 2ª safra. Em média, custos de produção estão próximos de 80 sacas do grão por hectare. Saca é cotada a R$ 16,00 na região e grande parte dos agricultores não fizeram negócios antecipados.

Em Laguna Carapã (MS), o clima úmido tem impedido o início da colheita do milho safrinha. Além disso, as condições climáticas também tem favorecido o aparecimento de doenças nas plantas, o que pode acarretar em perdas de até 10 sacas do grão por hectare.

O técnico agrícola da Bio Rural, Antônio Rodrigues Neto, destaca que no começo, as lavouras foram atacadas pelo percevejo, porém, os agricultores conseguiram fazer o controle da praga. “Mas, com os custos de produção mais altos e preços em patamares mais baixos, alguns produtores não aplicaram a quantidade adequada de fungicidas e o clima mais úmido contribuíram para o aparecimento do pulgão nas plantas”, explica.

Paralelamente, com a alta umidade, as empresas não estão aceitando o milho com mais de 20% de umidade na região. “Em algumas localidades precisaríamos de uma semana de sol, em outras regiões, seriam necessários 30 dias de tempo firme”, ressalta o técnico agrícola.

A perspectiva é que sejam colhidas, em média, entre 80 a 85 sacas de milho por hectare nesta temporada. A projeção está próxima dos custos de produção, de cerca de 80 sacas de milho por hectare. Enquanto isso, os preços estão ao redor de R$ 16,00. “Alguns produtores fecharam contratos a R$ 23,00, no entanto, a grande maioria está descoberta”, sinaliza Neto.

Safra 2015/16

Parte dos produtores rurais da região já fizeram as compras para a próxima temporada. Os custos estão mais altos, entre 30% a 40%. “Tivemos alguns contratos entre R$ 55 a R$ 58 pela soja. Entretanto, o produtor está bastante cauteloso, não sabe se é hora de comprar, o comportamento do dólar. Da safra passada, boa parte da produção de soja já foi negociada, pois os produtores precisavam quitar as dívidas”, finaliza o técnico agrícola.

Confira fotos enviadas pelo técnico agrícola:

 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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