Em Dourados (MS), preço do milho safrinha está próximo de R$ 16,00/sc e não cobre os custos de produção

Publicado em 14/07/2017 10:49
Na região, colheita se aproxima de 25% e produtividade está acima da registrada no ano anterior. Leilões da Conab em apoio à comercialização do cereal têm gerado baixo interesse aos produtores. Armazenagem da produção é uma preocupação. Na soja, boa parte da safra de verão ainda precisa ser negociada e preços giram em torno de R$ 58,00.
Confira a entrevista com Lúcio Damalia - Presidente do Sindicato Rural de Dourados/MS

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O presidente do Sindicato Rural de Dourados (MS), Lúcio Damalia, destaca que a colheita do milho safrinha está no início, em torno de 20% a 25% colhido. A partir da próxima semana, a colheita deve começar com mais força.

Em relação ao ano passado, a safra deve ser 10% maior. Há lavouras que chegam em produtividades de até 160 sacas por hectare, em detrimento de um melhor clima.

Para esta temporada, as pragas e as doenças não foram um problema para a safra na região, surpreendendo os produtores, com casos apenas pontuais, motivados por má aplicação de fungicidas.

Contudo, os preços do milho em queda são o principal problema neste momento. O milho está sendo negociado entre R$15,50 a R$16 na região, preços que não cobrem os custos totais de produção. Apenas uma colheita maior do que 120 sacas por hectare começaria a ter rentabilidade. Houveram poucos negócios antecipados.

Com muito milho colhido, o problema da armazenagem também incide, em partes. Há a alternativa de se utilizar os silos bolsa, mas o presidente acredita que, ao final da safra, não haverá onde guardar o milho. Os leilões realizados pelo Governo também não cobrem os custos de produção para os produtores.

Ainda há soja a ser comercializada na região. Os preços estão girando em torno de R$58 na região, valor que não estimula os produtores a negociar a oleaginosa.

 

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Por: Fernanda Custódio e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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