Chuvas não se confirmam e agrava cenário de perdas no milho safrinha em Doutor Camargo (PR)

Publicado em 14/05/2018 11:02
Lavouras estão sem chuva há mais de 45 dias e perdas podem superar 40% nesta temporada. Temperaturas estão mais amenas após a chegada de uma frente fria. Previsões climáticas indicam chuvas na região no próximo final de semana. Preços giram em torno de R$ 31,00 a saca do milho, mas produtores não têm realizado novos negócios.
Ildefonso Ausec - Produtor Rural

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Na região de Doutor Camargo/PR, as chuvas previstas não se confirmaram e agravou ainda mais as lavouras de milho, que já tem perdas estimadas em 40% para esta temporada. Contudo, os produtores rurais seguem cautelosos para realizar novas negociações.

De acordo com o produtor rural do município, Ildefonso Ausec, em determinadas localidades tiveram precipitações de até 5 mm, mas que não é suficiente para amenizar os problemas causados pela a seca. “Nos últimos dias as temperaturas amenizaram durante a madrugada, porém não resolve os nossos problemas”, afirma.

As previsões climáticas indicam precipitações na localidade para o próximo final de semana, mas que não podem reverter as perdas nas lavouras. Diante desse cenário, o prejuízo vai ficar para o produtor rural que fez investimentos elevados para esta safra e os preços para a saca não vão cobrir os prejuízos.  

Outro fator que preocupa os agricultores é a questão do Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural  (Funrural), tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal vai julgar os embargos declaratórios no dia 17 de maio. “Nós queremos uma definição logo, pois votam uma coisa e depois outra. Isso pode quebrar o setor e muita gente é algo que está indevido e todos sabem e precisamos mudar”, comenta.

Confira as imagens das lavouras de milho safrinha na região: 

Comercialização

Na localidade, as referências para o milho giram em torno de R$ 30,00 a R$ 31,00 a saca, tendo em vista que nestes patamares não cobrem os custos de produção e não remunera os produtores. “O prejuízo cai para todo mundo, por que quem colhe um pouco a mais tem que fazer um investimento maior e a tendência é puxar o preço pra cima”, destaca.

Em relação à comercialização, muitos produtores não realizaram negociações futuras em função do preço baixo no início da temporada. Após a estiagem, os agricultores ficaram ainda mais cautelosos para fechar contratos e não ter produto para cumprir as negociações.

Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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