Para Céleres Consultoria, cenário do milho no Brasil segue sendo de grande produção na safrinha e queda nos preços

Publicado em 07/05/2020 15:08 e atualizado em 08/05/2020 08:23
Demanda interna segue aquecida e exportações devem retomar crescimento no segundo semestre, mas grande produção tende a pressionar as cotações para níveis mais baixos do que os do início do ano
Anderson Galvão - Analista - Céleres Consultoria

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Para Céleres Consultoira, cenário do milho no Brasil segue sendo de grande produção na safrinha e queda nos preços

 

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A segunda safra de milho brasileira segue nos campos se desenvolvendo e, a despeito de problemas com estiagem enfrentados na região centro-sul do país, a expectativa ainda é de grande produção para o cereal nas colheitas que devem começar já no próximo mês.

Segundo o analista de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, as lavouras estão se desenvolvendo muito bem em áreas como Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins e diversas regiões que não costumavam ter cultivo de milho apostaram na cultura em 2020, o que deve ajudar a compensar a queda de produtividade pontuais do sul.

O analista destaca que o cenário então segue sendo de queda nos preços, mas que apesar das cotações estarem menores do que as do início do ano, elas seguem sustentadas pela demanda interna aquecida e por um câmbio bastante favorável com o dólar valorizado ante ao real.

Sobre as exportações, que seguem bem abaixo das registradas em 2019, Galvão aponta o ano passado como ponto fora da curva e acredita em uma retomada deste volume no segundo semestre, finalizando o ano próximo das 32 milhões de toneladas embarcadas.

O analista ainda aponta que, hoje devemos ter algo entre 65% e 70% desta segunda safra já negociadas e recomenda que os produtores que ainda precisam fechar negociações tenham certeza do quanto será produzido e participem do mercado com a finalidade de obter preços médios ao fim das negociações.

A preocupação da Galvão fica por conta da comercialização das próximas safras em 2021. Um possível alívio na crise do Coronavírus e uma retomada da economia mundial poderiam atuar para reduzir a diferença de cotaçãoes do dolár ante ao real. Sendo assim, os produtores estariam comprando seus insumos hoje com um dólar em patamar muito superior ao que irão negociar as vendas da produção no próximo ano.

Confira a íntegra da entrevista com o analista da Céleres Consultoria no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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